Antônio Tavares: 19 anos de luta por justiça e direitos humanos
Da Página do MST
Era dia 2 de maio de 2000 quando cerca de mil trabalhadores rurais Sem Terra seguiam em caravana do interior do Paraná para Curitiba, capital do estado. O objetivo era participar de uma Marcha pela Reforma Agrária organizada pelo MST para marcar o Dia dos Trabalhadores e Trabalhadoras.
A viagem se converteu em massacre quando as caravanas passavam pela cidade de Campo Largo, pela BR-277. A polícia militar do Paraná, sob o comando do então governador Jaime Lerner, bloqueou a passagem e promoveu um violento ataque contra os campesinos. Pelo menos 200 trabalhadores ficaram feridos. Antônio Tavares Pereira foi assassinado nesta ação, aos 38 anos, deixando 5 filhos.
No local do massacre, um monumento criado pelo arquiteto Oscar Niemeyer homenageia o trabalhador e todas as vítimas do latifúndio.
No dia 10 de abril deste ano, cerca de 700 integrantes do Movimento do Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) realizaram um ato em memória do companheiro Antônio Tavares, e também de todos os trabalhadores Sem Terra mortos na luta pela terra. O ato encerrou a Jornada de Lutas de Abril, que este ano teve como tema a reforma agrária, Lula Livre e contra a reforma da previdência.