Organizações anunciam realização do Fórum Socioambiental em 2020
Por Marina Selerges
Do Brasil de Fato
Representantes de movimentos populares do campo e da cidade, organizações não governamentais ligadas a pauta ambiental e entidades sindicais vão realizar o “Fórum Socioambiental 2020”. Indicado para acontecer no início do ano, o evento terá o objetivo de fortalecer a articulação popular em defesa do meio ambiente.
A decisão foi anunciada na noite desta quinta-feira (19) em uma plenária realizada no Sindicato dos Bancários, região de central de São Paulo (SP).
Na ocasião, Gilmar Mauro, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) explicou que a questão ambiental não é conjuntural e deve ser debatida de forma transversal com as questões sociais. “É uma coisa que afeta o planeta e, portanto, seres humanos, a natureza e somos parte desta natureza. Queremos construir um grande debate coletivo. Vamos construir com movimento popular, com cientistas, com jovens, com todos na sociedade, para que extrapole nossa bolha para discutir esse tema”, argumentou.
A reunião de lançamento do comitê organizador do Fórum reuniu cerca de 60 pessoas, entre intelectuais, parlamentares e representantes de 32 organizações.
Pagu Rodrigues, indígena do povo Fulni-ô, explica que a plenária ampliou ainda mais o leque de organizações que irão realizar o evento em 2020. “Cresceu a frente de movimentos que está nessa organização, para debater as perspectivas reais que a gente tem para articular esse Fórum, a composição organizativa do processo, programação, eixos de debate. Estamos dando um pontapé inicial importante. A tendência é crescer, esperamos poder mobilizar para que cresça cada vez mais”, explicou.
Em meio à crise política, econômica, social e ambiental, setores populares da sociedade querem debater alternativas para a questão ambiental.
A plenária aconteceu no dia em que antecede a Greve Global pelo Clima, protesto em que cidadãos de todo mundo irão às ruas por ações de combate às mudanças climáticas em que cidadãos de todo o mundo.
Para José Roberto Cabrera, do Sindicato dos Professores de Campinas (Sinpro – Campinas), a mobilização popular é a única saída para transformar a situação atual: “Esse agravamento das condições exige da gente algum tipo de resposta, principalmente porque os governos já vêm discutindo esse tema a muito tempo não produziram de fato nada de concreto. Ou o povo toma nas suas mãos o seu futuro ou a gente vai caminhar para a barbárie”.
A próxima reunião de organização do Fórum está prevista para a quarta-feira (25), também no Sindicato dos Bancários, em São Paulo (SP).
Edição: Rodrigo Chagas/ Brasil de Fato