CNBB, Pastorais Sociais e Cáritas Brasileiras realizam roda de conversa no Dia Mundial dos Pobres

Cerimônia de abertura ocorrerá no próximo dia 7 de novembro sede da CNBB
[245]jornadas dos pobres.jpg

 

Do IHU

Como gesto concreto, a CNBB oferecerá um almoço solidário a um grupo de convidados representando as organizações sociais. Às 14h, os representantes da CNBB recebem a imprensa para uma entrevista coletiva. Às 14h30 haverá plantio de mudas do Cerrado nos jardins da CNBB.
 

A atividade integra a programação da terceira edição do Dia Mundial dos Pobres, convocado pelo papa Francisco, a ser comemorado dia 17 de novembro, e a Semana da Solidariedade, organizada pela Cáritas Brasileira, de 10 a 17 de novembro em todo país. O ato na sede da CNBB, em Brasília, reforçará os espaços de diálogo e aproximação da Igreja na reflexão e ação em torno das pautas dos pobres.
 

O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, dom Joel Portella Amado, explica que nesta terceira edição, as pastorais sociais, de modo especial a Pastoral do Povo de Rua e a Pastoral da Mulher, vêm se somar a este empenho de mobilizar as iniciativas de solidariedade e empatia com os empobrecidos do nosso país.Histórico e mensagem do papa Francisco.
 

Convocado pelo Papa Francisco no encerramento do Ano da Misericórdia, em 2016, o Dia Mundial dos Pobres é um convite a todas as comunidades cristãs e a todas as pessoas de boa vontade para que levem esperança e conforto aos pobres “e para que colaborem para que ninguém se sinta privado da proximidade e da solidariedade humana”, afirma o secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella.
 

Em 2019, o Papa oferece como iluminação bíblica a citação do Salmo: “A esperança dos pobres jamais se frustrará” (Sl 9, 19) para animar a Jornada Mundial dos Pobres que será celebrada de 10 a 17 de novembro. Em mensagem divulgada para a ocasião, o pontífice afirma que “a opção pelos últimos, por aqueles que a sociedade descarta e lança fora é uma escolha prioritária que os discípulos de Cristo são chamados a abraçar para não trair a credibilidade da Igreja e dar uma esperança concreta a tantos indefesos”.

Pobreza no Brasil
 

Dados do Cadastro Único do Ministério da Cidadania mostram que a pobreza extrema no país aumentou e já atinge 13,2 milhões de pessoas. Nos últimos sete anos, mais de 500 mil pessoas entraram em situação de miséria.
 

O Nordeste tem o pior cenário, sendo que as maiores taxas a cada 100 mil habitantes são do Piauí (14,087), Maranhão (13,861) e Paraíba (13,106). De junho de 2018 a junho de 2019, Roraima e Rio de Janeiro tiveram o maior aumento da extrema pobreza, com incrementos de 10,5% e de 10,4%, respectivamente.
 

Em 2014, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) tirou o Brasil do Mapa da Fome, composto por países em que mais de 5% da população consome menos calorias do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Há o temor, porém, de que o país volte a fazer parte do grupo.
 

No Distrito Federal, o total de famílias inscritas no Cadastro Único, até junho de 2019, era de 158.280, entre as quais 71.091 com renda familiar per capita de até R$ 89,00 por mês.
 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2016 e 2017, a pobreza no Brasil passou de 25,7% para 26,5% da população. O número dos extremamente pobres, aqueles que vivem com menos de R$ 140 mensais, saltou, no período, de 6,6% para 7,4% dos brasileiros.