MST e CUT repudiam criminoso bloqueio econômico a Cuba
Da Página do MST
Nesta quinta-feira (07), a Assembleia Geral da ONU condenou pela 27ª vez consecutiva, o bloqueio norte-americano imposto a Cuba. Foram 187 votos a favor da resolução condenatória, 3 contra e 2 abstenções. Pela primeira vez, o Brasil se juntou a Israel e EUA e votou contra.
Diante de tal postura, o MST e a CUT que sempre se posicionaram contra o bloqueio econômico a Cuba, divulgam nota afirmando que o Governo Bolsonaro não representa o legítimo interesse da maioria do povo brasileiro, que busca um mundo mais justo e fraterno.
“Ao votar pelos interesses dos Estados Unidos, o Brasil vota contra um país que tem se caracterizado pelo internacionalismo, anti-imperialismo, solidariedade e unidade junto aos mais pobres. Um país que tem contribuído para melhorar as condições de vida de outros povos e nações, em particular na África e na África Central, sendo um exemplo de cooperação entre os países”, salienta em trecho da nota.
Confira abaixo na íntegra.
O governo Bolsonaro não nos representa – Pelo Fim do Bloqueio Econômico a Cuba
Numa atitude de plena submissão aos interesses do imperialismo norte-americano, pela primeira vez na história, o Brasil votou contra uma resolução que condena o embargo dos Estados Unidos a Cuba. A votação aconteceu nessa quinta-feira (7) de novembro, nas Organizações das Nações Unidas (ONU). Dos 193 países que participaram do encontro, 187 votaram contra o embargo e três se abstiveram. Apenas Estados Unidos, Israel e Brasil votaram favoráveis ao bloqueio econômico a Cuba.
Esse posicionamento afronta a tradição da diplomacia brasileira que sempre se colocou à disposição do diálogo e da paz. Além disso, reforça a tese de que, sob o governo de Jair Bolsonaro, o Itamaraty atua como uma sucursal do Departamento de Estado norte-americano, que mesmo se colocando como um vassalo, não tem obtido nenhum ganho econômico por parte da administração de Donald Trump.
O bloqueio econômico a Cuba já dura cinco décadas, sendo um instrumento de violação aos direitos humanos daquele povo. Desde junho de 2017, o governo Trump implementou 187 medidas, entre elas, a suspensão de voos diretos e cruzeiros entre os países, além de restrições de vistos e remessas que cubanos-americanos podem enviar ao país. A medida permite ainda que sejam tomadas ações nos tribunais norte-americanos ante demandas judiciais contra entidades cubanas ou estrangeiras sob jurisdição dos Estados Unidos. Impede ainda a entrada de diretores de empresas que investem legitimamente em Cuba, bem como de seus familiares.
Ao votar pelos interesses dos Estados Unidos, o Brasil vota contra um país que tem se caracterizado pelo internacionalismo, anti-imperialismo, solidariedade e unidade junto aos mais pobres. Um país que tem contribuído para melhorar as condições de vida de outros povos e nações, em particular na África e na África Central, sendo um exemplo de cooperação entre os países.
Reafirmamos o nosso apoio e toda a nossa solidariedade ao povo cubano. Sabemos que o imperialismo e os seus lacaios só tem a oferecer a exploração do homem pelo homem, a fome, a guerra e a miséria.
Ressaltamos que o governo de Jair Bolsonaro é fruto de uma verdadeira fraude, e precisa ser combatido até o fim. Não representa o legítimo interesse da maioria do povo brasileiro, que busca um mundo mais justo e fraterno.
Sigamos com Cuba e sua revolução vitoriosa.
Brasília, 7 de novembro de 2019
Central Única dos Trabalhadores – CUT
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST