Trabalhadores Sem Terra aperfeiçoam técnicas de teatro
Dando continuidade ao trabalho de formação dos atores e atrizes do MST de Mato Grosso do Sul (MS) será realizado em outubro uma oficina integrante da segunda edição do Terra, Teatro e Cidadania.
Quarenta e cinco pessoas participarão do encontro que acontecerá em Sidrolândia (MS) entre os dias 19 e 28, no Centro de Capacitação do Assentamento Geraldo Garcia.
Entre as atividades programadas estão o aprendizado do trabalho com Fantoches – Produção e Manipulação, que será ministrado pela produtora cultural Andréa Freire.
Segundo Alessandra Moraes, do setor de cultura do MST-MS e integrante do Grupo Utopia de Teatro, a opção de começar a contar com os fantoches nas peças que tratam principalmente de temas de formação sócio- políticas é para “conseguir atingir o público infantil, e além de chamar a atenção dos adultos”.
O produtor e diretor de teatro, José Fernando (Grupo Teatro de Narradores/SP), passará aos sul-mato-grossenses um pouco mais sobre o teatro épico. Já Rafael Vilas Boas, da Brigada Nacional do Patativa do Assaré, trabalhará com o tema do teatro do oprimido e na discussão sobre a organização do setor de cultura do movimento.
Outras regiões também estão organizando oficinas para formação dos grupos teatrais.
Em Mato Grosso o encontro acontecerá de 10 a 20 de outubro e no Distrito Federal será de 27/11 a 3/12.
Terra, Teatro e Cidadania I
Em 2003 o projeto chegou a mais de 150 pessoas em MS em apoio do Governo do Estado e Ministério da Cultura. Hoje elas estão organizadas em sete grupos representando as várias
regionais do Estado. Ao todo, estão envolvidas hoje com o setor de cultura do MST-MS mais de 300 pessoas.
“Todos os grupos de alguma forma, mesmo que os integrantes estejam separados porque cada um mora em uma área, se reúnem e fazem apresentações para debater alguma questão”, explicou Alessandra Moraes. Entre os temas políticos preferidos para criação de peças estão a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) e alimentos transgênicos.