Rússia aprova adesão a Protocolo de Quioto
Após dez anos de discussão o governo russo aprovou sua adesão ao Protocolo de Quioto, que estabelece metas para reduzir a emissão de dióxido de carbono (CO2). A medida permite a implantação do Protocolo, que exige que os países signatários respondam por, no mínimo, 55% da emissão de poluentes no mundo.
Os Estados Unidos, principal emissor, rejeitou o Protocolo em 2001 alegando danos à economia. Com o novo cenário internacional, a posição do presidente estadunidense George W. Bush tende ao isolamento.
O acordo ainda precisa passar pelo Parlamento russo. Para a União Européia, é preciso ter cautela e esperar a decisão do Parlamento da Rússia. “Nós devemos esperar o resultado da votação antes de abrir garrafas de champagne”, disse Margot Wallström, atual Comissária do Meio Ambiente da UE.
Segundo as regras estabelecidas na ECO-92, realizada no Rio de Janeiro, deve entrar em vigor três meses após a ratificação da Rússia. A previsão é que entre 2008 e 2012 exista uma redução média de emissão de gás carbônico por parte dos países ricos em 5%.
A Rússia é o terceiro maior emissor de CO2, principal responsável pelo superaquecimento do mundo.
Em dezembro, os países signatários do acordo devem se encontrar em Buenos Aires, Argentina, para discutir a agenda pós 2012.