MST entra com pedido de suspeição da juíza Eva do Amaral
Após as várias comprovações da incompetência da juíza da Primeira Vara do Tribunal do Júri, Eva do Amaral Coelho, responsável pelo Julgamento de Eldorado dos Carajás, o MST, através de seus advogados Aton Fon Filho e Carlos Guedes do Amaral Júnior, apresentou na tarde de 2 de abril o pedido de suspeição da juíza em questão, valendo-se dos direitos presentes na Constituição Federal Brasileira.
O MST assimila como farsa um julgamento que seja presidido por uma profissional desqualificada e com visíveis tendências políticas contrárias ao Movimento, o que inviabiliza a imparcialidade no Caso Eldorado. Entre as muitas provas dessa alegação, está a negação de uma série de documentos para a primeira sessão do julgamento, requeridos pelo Promotor de Justiça Marco Aurélio Lima do Nascimento.
Na documentação constava o parecer técnico do professor Ricardo Molina, da Universidade de Campinas (Unicamp/SP), acompanhado do CD-Rom que contêm a digitalização de imagens da fita de vídeo que foi mostrada na sessão do julgamento de 16 de agosto de 1999.
Esse requerimento foi pedido em maio de 2001, sendo despachado em junho do mesmo ano pela referida juíza. Para surpresa de todos, Eva do Amaral determinou a não inclusão do parecer técnico do professor Molina nos autos do processo. De acordo com a representação judiciária do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, a decisão da juíza “colidiu frontalmente com a lei processual penal, no que esta autoriza a juntada de documentos aos autos”(SIC).
Contradizendo-se e mais uma vez dando provas de sua incompetência, a juíza Eva do Amaral passou a divulgar na imprensa do Estado uma correção de sua própria decisão, “afirmando que o advogado está tentando confundir a opinião pública, prejudicando a imagem do judiciário”.
Diante esses fatos, não coube outra alternativa ào Movimento se não a de requer o afastamento do exercício de jurisdição da Juíza Eva do Amaral do Coelho no Tribunal de Justiça do Estado do Pará.