Ato no centro marca o Grito dos Excluídos no Rio
Cerca de mil e quinhentos manifestantes caminharam pela avenida Presidente Vargas, no centro do Rio de Janeiro (RJ), em direção à Central do Brasil após resistir à tentativa de dispersão pela Polícia Militar fluminense. O desfile marca o Grito dos Excluídos no Rio de Janeiro neste dia 7 de setembro e foi encerrado com um ato da Campanha A Vale do Rio Doce é Nossa.
Movimentos sociais que lutam pela educação, saúde, acesso à terra, à moradia, à cultura ao emprego e diversas entidades e grupos que defendem direitos sociais garantidos na Constituição desfilaram pela avenida Presidente Vargas, local do desfile militar oficial. Após a apresentação militar, os manifestantes se apresentaram em seis alas: a primeira reuniu as entidades da campanha A Vale é Nossa e de outras iniciativas ligadas à defesa das riquezas naturais brasileiras. Em seguida, vieram os movimentos em defesa da Terra e Moradia; do Trabalho, Serviço Público e Previdência Social; em defesa da Paz e contra a Violência; da Educação e Saúde e pelo Poder Popular e a Cultura. O protesto foi encerrado no monumento em homenagem a Zumbi dos Palmares.
Anualmente, o Grito dos Excluídos une vozes de lutadores e lutadoras do povo para protestar contra o descaso dos governos frente ao sofrimento da população. Nesta 12ª edição, as manifestações no Rio de Janeiro trazem o mote da campanha que defende a reestatização da Vale do Rio Doce, tendo em vista as irregularidades que cercaram o leilão. Em janeiro deste ano, a 5ª Turma do TRF (Tribunal Regional Federal) de Brasília decidiu que a venda da ex-estatal terá de passar por uma perícia técnica e a privatização será revista.