Recurso de Chafik é negado por Tribunal de Justiça de MG
Em 03 de outubro a Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais negou, por unanimidade, o pedido do latifundiário Adriano Chafik Luedy de não ser julgado pelo Tribunal do Júri. Chafik é o mandante da chacina de Felisburgo (MG), em que cinco Sem Terra foram mortos e outros 12 ficaram gravemente feridos em novembro de 2004. Na ocasião, o fazendeiro comandou uma dezena de pistoleiros no ataque ao acampamento Terra Prometida.
Chafik já teve a prisão decretada duas vezes, mas o Superior Tribunal de Justiça decidiu mantê-lo em liberdade, apesar das ameaças constantes do réu contra Sem Terra que ainda vivem no local, hoje transformado em assentamento.
No segundo semestre de 2005, foi proferida sentença de pronúncia contra Chafik e os pistoleiros Washington Agostinho, Francisco de Oliveira, Milton de Souza e Admilson Lima, determinando que fossem julgados pelo Tribunal do Júri. Contra essa decisão, em 23 de novembro de 2005, Chafik e Silva apresentaram recurso para se eximirem do julgamento popular.
Para o MST, a negação do pedido dos réus representa um avanço no processo, mas o julgamento continua sob risco de parcialidade. O Movimento defende que ele não seja realizado na região do Vale do Jequitinhonha (MG), onde a influência política e econômica do fazendeiro é muito forte.