Conferência faz balanço de combate ao trabalho escravo
O primeiro dia da II Conferência Interparticipativa sobre Trabalho Escravo e Super-Exploração em Fazendas e Carvoarias no Brasil contou com um relato bastante detalhado dos participantes sobre o combate ao trabalho escravo e apontou os avanços conquistados nos últimos três anos. Cerca de 300 pessoas de 11 estados brasileiros e representantes de Organizações Não Governamentais de diversos países participam do encontro, que começou ontem em Açailândia (MA).
O balanço afirma que a maior parte dos avanços resultou de iniciativas de entidades e movimentos sociais que impulsionam a mobilização e a conscientização da sociedade civil na luta contra a escravidão. O documento afirma ainda o que houve um maior empenho das DRTs (Delegacias Regionais do Trabalho) na apuração das denúncias e na repressão para coibir este tipo de abuso.
Os participantes apontam que é necessário mais empenho do poder público e mais tempo de permanência das unidades móveis das DRTs nas regiões em conflitos. A criação de alternativas para evitar que o trabalhador esteja sujeito a situações análogas à escravidão também foi apresentada como uma dificuldade. Segundo o relatório, foram poucas as alternativas. A ausência de políticas públicas é apontada como principal fator de reincidência aos trabalhadores.
A conferência, realizada pelo Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de pelo Fórum Estadual de Combate ao Trabalho Escravo no Maranhão e pela Comissão Pastoral da Terra, com parceria de várias outras entidades, termina amanhã.