Criminalização dos movimentos sociais é denunciada à OEA
Por Gisele Barbieri
Fonte Agência Notícias do Planalto
Preocupados com a constante criminalização sofrida pelos movimentos sociais por parte de instituições como o Poder Judiciário, a imprensa e a polícia, entidades populares brasileiras, através do MNDH (Movimento Nacional de Direitos Humanos), elaboraram um relatório. O documento foi feito a pedido da Federação Internacional de Direitos Humanos e apresentando em audiência pública da OEA (Organização dos Estados Americanos), em Washington (Estados Unidos), em outubro deste ano. Junto com o Brasil, mais nove países fizeram ao mesmo relato à OEA.
Atualmente, apenas entre MST, o de MMC (Movimento de Mulheres Camponesas) e MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), 130 pessoas respondem por processo judicial. Com a denúncia internacional, os movimentos esperam por justiça no Brasil.
“Foi um processo que vem de algum tempo, como uma manifestação central. Uma forma de barrar a luta dos movimentos pelos direitos humanos, econômicos, sociais, culturais e ambientais tem sido criminalizá-los. Então esta é uma forma de resistência. Já que não estamos conseguindo repercutir isto no Brasil, a denúncia internacional é neste momento estratégica para que possamos ser ouvidos aqui dentro”, afirma a coordenadora do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Rosiana Queiroz.
A intenção é que este relatório seja lançado oficialmente no Brasil no final de novembro durante o Seminário Internacional do Processo de Articulação e Diálogo, que acontece em Salvador (BA).