Governo da Coréia do Sul reprime manifestantes contra livre comércio
Nas últimas semanas, a polícia sul-coreana intensificou a repressão contra os trabalhadores e camponeses. A violência começou em 22 de novembro, durante um protesto contra o Tratado de Livre Comércio entre a Coréia do Sul e os Estados Unidos. Mais de 170 pessoas foram presas na manifestação.
A polícia já invadiu nove escritórios da KPL (Liga Coreana de Camponeses), que integra a Via Campesina Internacional, e da KOA (Aliança Coreana Contra o Livre Comércio), além de residências de parentes de ativistas. Além disso, já é de conhecimento público a formação de equipes para rastrear e prender militantes.
Em 29 de novembro, data da segunda grande manifestação, a polícia se organizou para vigiar as casas de camponeses, antes que eles saíssem para o protesto. O governo ordenou que as forças policiais bloqueassem as estradas e estações de trem, para evitar que os trabalhadores e as trabalhadoras chegassem a Seul, local da manifestação. Nove camponeses foram presos, mas outros três mil conseguiram chegar à capital sul-coreana e ocuparam a principal rodovia de Seul.
O próximo protesto será amanhã, durante a quinta rodada de negociação do Tratado de Livre Comércio, que acontece em Montada, Estados Unidos. A polícia já entrou em contato com dezenas de camponeses, fazendo ameaças para desestimular a participação no próximo protesto.