Pobreza ainda atinge 39,8% dos latino-americanos
Agência Chasque
Um estudo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), divulgado ontem no Chile, aponta que a América Latina conseguiu reduzir os indicadores de pobreza e miséria pelo terceiro ano consecutivo.
A taxa de pobreza na região caiu de 44% em 2002 para 39,8% em 2005, e a de miséria passou de 19,4% para 15,4%, no mesmo período. De acordo com a Cepal, a América Latina tem apresentado o melhor desempenho econômico e social dos últimos 25 anos, principalmente no combate à pobreza.
De acordo com a Cepal, no ano passado, cerca de 209 milhões de latino-americanos viviam sob condições de pobreza, sendo que, destes, 81 milhões eram indigentes. A melhoria na qualidade de vida da população faz com que a Cepal estime que, em 2006, o número de pobres se reduza para 205 milhões de pessoas no continente.
É a primeira vez, desde 1980, que o índice de população pobre na América Latina fica abaixo dos 40%.
O Brasil foi citado pela Cepal como exemplo da melhoria de vida da população em termos gerais nos últimos seis anos, mas o país continua sendo o mais injusto da América Latina. A desigualdade brasileira caiu 4,07% na comparação entre 2001 e 2005.
Embora venha reduzindo a diferença entre os mais ricos e os mais pobres nos últimos anos, o Brasil ainda possui o índice mais alto entre os países analisados pela Cepal. Em 2005, o Brasil tinha 36,3% de sua população em situação de pobreza e 10,6% em situação de indigência.