Trabalhadores escravos são encontrados em fazenda de eucalipto no Paraná
Em 30 de novembro, 13 trabalhadores foram encontrados em condições análogas à escrava em uma fazenda entre os municípios de Bocaiúva do Sul e Rio Branco do Sul, no Paraná. A fiscalização foi feita por auditores da DRT (Delegacia Regional do Trabalho) do Paraná, junto com integrantes do Ministério Público do Trabalho e da Polícia Militar. Os trabalhadores atuavam no corte do eucalipto.
Os trabalhadores estavam alojados na propriedade desde 25 de outubro, em barracos de madeira e lona plástica, com janelas sem proteção e piso de chão batido. Foram encontradas também camas de madeira e fogareiros.
De acordo com os fiscais Elias Martins e Elizabeth Nunes de Carvalho, que participaram da ação, não havia no local instalações sanitárias, Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e nem ao menos água potável. “A água era retirada de uma cacimba sem tratamento adequado e desprotegida”, disse. Todos estavam trabalhando sem o registro em carteira de trabalho e em condições degradantes.
De acordo com o Termo de Ajuste de Conduta, o proprietário da fazenda tinha até hoje para apresentar à DRT/PR o registro de todos os trabalhadores e a rescisão dos contratos de trabalho, com o pagamento de todas as taxas previstas por lei. O proprietário da fazenda também deverá pagar uma indenização de R$ 10 mil por danos morais coletivos, que será doada a uma creche de Campina Grande do Sul.