Terrorismo estadunidense: 5 anos da base militar de Guantánamo
Fonte: Adital
Próximo a completar cinco anos de existência, a base militar estadunidense de Guantánamo, instalada em Cuba, segue considerada uma dos maiores afrontas aos direitos humanos internacionais e um símbolo mor do incentivo ao terror implementado pelos Estados Unidos. A Anistia Internacional intensifica o apelo para que a sociedade se mobilize e se sensibilize para o fechamento da base, que desde o dia 11 de janeiro de 2002, teve em suas prisões 775 pessoas detidas que sequer foram ouvidas pela Justiça ou julgadas devidamente.Atualmente, segundo informações de organizações como a Anistia Internacional, a prisão abriga 430 pessoas de 35 países diferentes. Há informações mais graves de que até menores de idade estivessem também presos no local, e denúncias sobre casos de torturas e maus tratos.
E mesmo com todas as campanhas internacionais sobre o assunto, o governo estadunidense continua enviando presos sob suspeita de terrorismo para a base. A última leva ocorreu no início de setembro, quando 14 pessoas foram encaminhadas para Guantánamo.
Desde antes da transferência dos detidos, em 2001, as autoridades dos Estados Unidos tentam impedir o acesso real à justiça. “Alguns permanecem cinco anos reclusos sem que nenhuma autoridade judicial tenha avaliado o porquê de sua detenção ou como foram tratados durante o período em que estão no cativeiro”, afirma a Anistia Internacional.
Ainda no final do ano passado, foi dada como opção que os detidos pudessem ser julgado por Comissões Militares – opção rechaçada pelos movimentos que atuam na área dos direitos humanos, pois estas Comissões não são independentes e admitem testemunhos obtidos sob tortura ou através de intimidação
Por esses motivos, a AI chama a população de todo o mundo para atuar, escrevendo para o Presidente dos EUA, George W. Bush, pedindo para que as instalações prisionais da Baía de Guantánamo sejam fechadas. E que os detidos sejam tratados de acordo com os padrões internacionais ou imediatamente libertados.
As cartas devem ser enderaçadas para:
The Honourable George W. Bush
The President of the United States
1600 Pennsylvania Avenue NW
Washington DC 20500
United States of America
Ou enviadas por e-mail para:
[email protected]
Eis a carta em inglês:
Dear Mr. President,
I would like to state our concern over the situation of all Guantánamo detainees.
Due to their situation, it is a matter of the most importance that they are given immediate access to fair trials, or in case they are not tried, they should be immediately released.
Besides their imprisonment, it is a matter of major concerns the allegations of torture and ill-treatment of several prisoners. Since these facts occurred while they are in US custody, we call on the US authorities to immediately conduct a full and impartial investigation, and to make sure that all those found responsible for such acts are brought to justice.
Thus, we would like to appeal to the US government to set up a commission of inquiry into all aspects of the detention policies and practices taken on the “war on terror” led by the USA.
I also call for immediate closing of the Guantánamo detention facilities.
Yours sincerely,