Sem condições de segurança, obras de empresa de celulose são retomadas no Uruguai
Da Agência Notícias do Planalto
Após uma rápida paralisação no último dia 26 devido a um grave acidente envolvendo um operário, as obras para a construção de uma fábrica de papel no Uruguai das empresas papeleiras, a finlandesa Botnia e a espanhola Ence, retomam atividades.
José Cáceres, presidente do Sindicato Único de Trabalhadores da Construção (Sunca) do Uruguai, reconheceu que a empresa Botnia quer que o complexo esteja funcionando no terceiro trimestre deste ano, e com isso todos os empregados envolvidos na construção estão trabalhando apressados. Nesta segunda-feira (05), o sindicato, as empresas envolvidas e o Ministério do Trabalho se encontram para discutirem futuras medidas de segurança.
A polêmica construção às margens do Rio Uruguai, gerou manifestações e “brigas” entre o governo argentino e uruguaio. Já há alguns meses, a população argentina, com o apoio do presidente Nestor Kirchner, protestam contra as instalações e também contra um financiamento do Banco Mundial no valor de R$ 1 bilhão. Eles alegam que a atividade da papeleira na cidade de Fray Bentos, na divisa entre os dois países, vai poluir o meio ambiente e afastar os turistas da região.
As empresas de celulose são alvo de manifestação de agricultores e ambientalistas em todo o mundo, pois os grandes plantios de eucaliptos e pinhos prejudicam o solo, secam as fontes de água, provocando impacto negativo nos pequenos produtores.