Wal-Mart será julgada por discriminar funcionárias

Por Gisele Barbieri
Agência Notícias do Planalto

A maior empresa varejista do mundo, a estadunidense Wal-Mart, sofreu uma nova derrota na justiça na última terça-feira, dia 06. Cerca de 1,5 milhão de funcionárias e ex-funcionárias entraram com uma ação coletiva que acusa a empresa de discriminação sexual com relação aos pagamentos e promoções dadas a funcionários. As mulheres representam aproximadamente dois terços dos empregados, mas ocupam apenas um terço dos cargos de gerência.

O tribunal da cidade de São Francisco autorizou a continuidade do processo que deve seguir de forma coletiva (julgando todas as ações em uma só) e não em casos separados, como desejava a companhia. Este é o maior processo sobre discriminação sexual acorrido nos Estados Unidos.

A empresa parece não ter se preocupado com a decisão da justiça, pois anunciou que isto não deverá impactar o desempenho financeiro de 2007. Só no segundo trimestre de 2006 o faturamento foi o equivalente a R$ 4 bilhões.

O Wal-Mart responde por diversos processos por homofobia (descriminação com gays, lésbicas e transexuais) e até mesmo trabalho infantil. Só em 2002, a empresa respondeu por seis mil ações na justiça por suas práticas sociais. No ano seguinte, foi condenada por forçar seus funcionários a trabalharem horas extras sem pagamento e apoiou financeiramente a campanha do senador republicano, Rick Santorum, conhecido por suas declarações homofóbicas.