Escola Latino Americana de Agroecologia recebe segunda turma
Mais 60 educandos de vários movimentos sociais do Brasil e da América Latina, que integram a Via Campesina iniciaram hoje, dia 12, às 14 horas, a graduação de Tecnólogo em Agroecologia, na 1ª Escola Latino Americana de Agroecologia, localizada no Assentamento Contestado, município da Lapa, região Metropolitana de Curitiba.
Esta é a segunda turma da Escola, inaugurada no dia 27 de agosto de 2006. O objetivo da Escola é formar pedagogos e pedagogas em agroecologia e juntamente com os camponeses construir a nova matriz tecnológica baseada na agroecologia. Esses profissionais irão atuar em acampamentos, assentamentos e comunidades rurais, em toda América Latina.
Atualmente, a Escola conta com cerca de 120 educandos. A primeira turma começou a funcionar após a inauguração em agosto do ano passado. O grupo que também é de 60 pessoas, volta à escola no dia 24 de abril. Diferente do ensino tradicional, a metodologia do curso funciona em regime de alternância: tempo escola e tempo comunidade.
No tempo escola, durante 65 dias os educandos participam de aulas teóricas sobre agroecologia, em seguida voltam as suas comunidades por 90 dias, para realizar experiências práticas. O curso tem duração de três anos e será certificado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), que juntamente com professores de outras universidades ligadas à questão da agroecologia ministram as aulas.
A educanda Claudete Nogueira da Silva, 21 anos, integrantes do Movimento dos Pequenos Agricultores, de Dionísio Cerqueira (SC), que sempre morou no campo, acredita que a agroecologia é a alternativa para melhorar a qualidade de vida de quem vive no campo, além de produzir alimentos saudáveis para o meio urbano e preservar o meio ambiente. “Olhando para as
cidades que temos hoje, o campo é uma alternativa de vida para muitas famílias, que procurarem alternativas para desenvolver a propriedade sem agredir o meio ambiente”, garante.
Com a proposta de fazer a defesa da soberania alimentar dos povos, das sementes e criar uma rede de intercâmbio entre os camponeses latino-americanos, a Escola Latino Americana de Agroecologia foi criada em parceria entre a Via Campesina Internacional, Governo da Venezuela,
Governo do Estado do Paraná, a UFPR e o MST.