Petroleiros anunciam greve de cinco dias em julho
Luiz Renato Almeida
Agência Chasque
A partir do dia 5 de julho, trabalhadores do setor petroleiro de todo o Brasil devem realizar uma greve de cinco dias. No Rio Grande do Sul, a categoria está realizando assembléias nos locais do trabalho e deve decidir nesta quarta-feira sobre as mobilizações.
O objetivo da greve é pressionar a Petrobras para avançar nas negociações do Plano de Cargos e Carreiras (PCAC). Uma das reivindicações é que os funcionários obtenham promoções por tempo de serviço, o que teria sido retirado do plano, como afirma o presidente do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul, José Luiz Gomes.
“Essas promoções por antiguidade foram retiradas do Plano de Cargos, compulsoriamente, sem discussão com as entidades. Agora, nós queremos retornar com as promoções por antiguidade”, explica.
Os petroleiros também criticam o alto número de funcionários terceirizados na Petrobras, exigindo a realização de concursos públicos.
Ainda não está decidido o caráter da greve, que poderá ter paralisações nas refinarias ou mesmo acampamentos em frente às unidades.
“A gente vem fazendo as assembléias, e a greve vem sendo aprovada praticamente por unanimidade, porém o modelo de greve será definido em um seminário em São Paulo. Vamos nos encontrar com todo o setor de produção, para vermos que tipo de greve iremos fazer”, afirma Gomes.
O Rio Grande do Sul tem aproximadamente mil petroleiros. A maioria trabalha na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas. O restante atua nas unidades da Transpetro em Canoas, Rio Grande e Tramandaí.