Sem Terra protestam contra Bunge em Passo Fundo, RS

Os 600 integrantes da marcha do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que está em Passo Fundo realizam, na manhã desta quinta-feira, dia 18, um protesto em frente à unidade da multinacional Bunge no município. As famílias farão um ato público nos portões da empresa para denunciar a atividade da multinacional no país e os prejuízos que ela traz à agricultura e à população. Os Sem Terra marcham do Ginásio Teixeirinha, onde estão alojados, em direção à fábrica da Bunge.

No ato, as famílias criticam a atuação da multinacional, que é uma das maiores produtoras de alimentos industrializados do mundo. Além de estimular as monoculturas e o agronegócio, já que compra sementes dos grandes produtores que utilizam produtos transgênicos e com agrotóxicos, ela também monopoliza o mercado de alimentos, reduzindo a diversidade de empresas, principalmente das pequenas e médias.

A Bunge também já foi intimada pela Justiça Federal do país a rotular os seus produtos, já que a empresa utiliza transgênicos em sua industrialização. No entanto, até o momento, a multinacional não cumpriu com a decisão. “Protestamos contra a Bunge por tudo o que ela representa de prejuízos para a agricultura familiar e a população”, afirma Paulo Mioranza, integrante do MST.

A atividade em Passo Fundo também integra a Jornada Internacional Contra as Transnacionais e pela Soberania Alimentar, que teve como marco o dia 16 de outubro.

Carazinho

Sindicatos, pastorais e entidades apoiadoras realizam hoje uma reunião em que discutem a situação da marcha do MST no Estado e a Ação Judicial que impede a entrada dos Sem Terra na Comarca de Carazinho. As organizações da região e também representações estaduais integram a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS). A reunião ocorre na União das Associações Comunitárias de Carazinho (UACC).