Ato marca 30 dias do assassinato de Keno no Paraná
No dia em que o assassinato do trabalhador Valmir Mota de Oliveira, Keno, 34 anos, completa um mês, os trabalhadores da Via Campesina e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizam celebração ecumênica em memória a trajetória de luta do militante. A atividade também será um ato político contra a violência do agronegócio e em repúdio ao ataque de uma milícia armada, contratada pela transnacional Syngenta Seeds, contra os camponeses da Via Campesina, no Paraná.
O ato acontece hoje, dia 21, às 14 horas, no campo de experimentos da transnacional, local do ataque e assassinato, no município de Santa Teresa do Oeste. Na área, chamada agora de Acampamento Terra Livre, 150 camponeses da Via Campesina permanecem acampados. Estarão presentes integrantes de várias entidades, movimentos sociais e apoiadores da luta pela terra, além de trabalhadores Sem Terra da região.
Histórico
O ataque aconteceu, no dia 21 de outubro, e além de assinar Keno, deixou mais cinco trabalhadores gravemente feridos, como Isabel do Nascimento de Souza que perdeu a visão de um olho, atingido por um tiro à queima roupa.
A ocupação tornou os crimes da Syngenta conhecidos em todo o mundo. O acampamento Terra Livre, já recebeu a solidariedade internacional de mais de 370 organizações, dezenas de cientistas e outras personalidades.
A Via Campesina, organizações de direitos humanos e os movimentos sociais de todo Brasil, exigem punição dos responsáveis e mandantes dos crimes, a desarticulação da milícia armada no Estado, principalmente na região Oeste, o fechamento imediato da empresa de segurança NF que praticou o
ataque, além da garantia de segurança e proteção das vidas dos dirigentes Celso Barbosa e Célia Aparecida Lourenço, e de todos os trabalhadores rurais da região.