Sem Terra permanecem na sede do Incra em Santa Catarina

As famílias do acampamento Dom José, localizado em Chapecó, permanecem ocupando a sede da Unidade Avançada do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) local. Mobilizados desde o dia 18 de agosto, os trabalhadores estão dispostos a permanecer no local, até que o Presidente Lula assine o decreto de compra da fazenda Seringa, onde está o acampamento.

A ocupação da fazenda Seringa aconteceu há sete anos. Nesse período várias famílias foram assentadas em outras regiões. Hoje, 35 delas permanecem na fazenda e já estão produzindo. O
proprietário da área iniciou as negociações com o Incra há mais três anos e aceitou vender a terra para o Instituto destiná-la à Reforma Agrária, criando assim, o projeto de Assentamento Dom José Gomes. O processo da área encontra-se parado há dois anos na Casa Civil.

Nos primeiros dias de ocupação foram distribuídos, para a população de Chapecó, mil quilos de alimentos produzidos no acampamento. O integrante da coordenação estadual, Dirceu Pelegrino, aponta que “a ocupação já é vitoriosa, pois fez com que os Ministérios do Desenvolvimento Agrária e da Casa Civil retomassem as negociações para a criação do assentamento. Da mesma forma, trouxe para a sociedade o debate sobre a importância da Reforma Agrária para a produção de alimentos saudáveis”.

Os Sem Terra permanecem na sede do Incra e aguardam ansiosos os resultados da audiência que acontecerá em Brasília na próxima Segunda, 01/09, com os órgãos do Governo Federal.