No Paraná, Grito terá duas manifestações
A 14ª edição do Grito dos Excluídos traz o seguinte mote de luta: “Vida em primeiro lugar, com direitos e participação popular”. A intenção é questionar o modelo econômico que privilegia as grandes empresas em detrimento do pequeno e médio empreendimento e das iniciativas comunitárias.
Por isso, a manifestação popular propõe a defesa da economia solidária, a distribuição de renda, a pesquisa sobre fontes energéticas alternativas, a implantação de políticas públicas básicas, como saúde, educação de qualidade, emprego, transporte, moradia e todos os direitos elementares dos trabalhadores, que não tem acesso as riquezas que produzem.
Em Curitiba e Região Metropolitana haverá duas manifestações organizadas pela CMS (Coordenação os Movimentos Sociais), Assembléia Popular e pastorais sociais. Na capital será no bairro Fazendinha. Em São José dos Pinhais o protesto acontece no Jardim Itaqui.
Como acontece há 14 anos, a manifestação do Grito dos Excluídos tomará as ruas do país no dia 7 de setembro para denunciar as situações de exclusão da maioria da população brasileira e propor saídas e alternativas para este modelo injusto. É uma manifestação popular de organizações, movimentos sociais, sindicatos e igrejas comprometidos com os problemas sociais, tendo como bandeira a luta pela soberania nacional.
Confira o roteiro do Grito dos Excluídos
7 de Setembro (Domingo)
Em Curitiba
Concentração a partir das 10h, na Avenida Alcir Martins Bastos, na Paróquia Santa Amélia (bairro Fazendinha). De lá, os manifestantes saem em caminha até a Associação de Catadores Novo Amanhecer, que funciona num barracão ocupado pelos trabalhadores em 07 setembro de 2006.
Em São José dos Pinhais
Concentração às 09h, no Jardim Itaqui. A caminhada segue, com cinco paradas até o Jardim Alegria, área localizada na região do Guatupê, onde os moradores, com o apoio dos movimentos sociais, resistiram à mineradora de areia Saara, no final do mês de junho deste ano.
São moradores que pararam a mineradora Saara, que retirava e vendia areia do mesmo terreno onde ficavam suas casas. As famílias estavam sendo despejadas em troca de um “cheque-despejo” de apenas R$ 2 mil.
Os dois locais escolhidos são símbolos da resistência e alternativas de organização ao modelo econômico vigente, que privilegia o lucro acima da vida.