Movimentos do campo ocupam Receita Federal em MT
Cerca de 1.200 trabalhadores de diversos movimentos sociais do campo atuantes no Mato Grosso (MT), com apoio político da CPT, do Centro Burnier Fé e Justiça e Assembléia Popular, ocuparam o prédio da Receita Federal de Cuiabá na manhã desta terça -feira (11/08). A mobilização faz parte da Jornada Nacional que ocorre em todo país e do Grito da Terra Mato Grosso.
Os Movimentos sociais revindicam dos governos federal e estadual medidas para amenizar a crise financeira e alterações na política econômica para enfretar a crise, priorizando a agricultura familiar e camponesa em detrimento do agronegócio, que é altamente dependente de recursos públicos e que não gera empregos, além de ser um predador no meio ambiente.
A mobilização reivindica também o descontigenciamento de R$ 800,00 milhões do orçamento do Instituto Nacionla de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para este ano e aplicação na desapropriação e obtenção de terras e investimentos em infra-estrutura para os assentamentos. Os movimentos tem cerca de 20 mil famílias acampadas em MT esperando um pedaço de terra.
Os movimentos exigem também do gorverno de Mato Grosso medidas mais claras e éticas em relação ao meio ambiente, o orgão estadual de fiscalização ambiental (SEMA) não mostra preocupação com a destruição ambiental que o agronegócio vem provocando no Estado. Em Mato Grosso não possui fazendas impedidas de produzir por conta de crimes ambientais e, ao mesmo tempo, tem apenas um único assentamento com licença ambiental.
A Jornada Nacional Unificada de Lutas e Grito da Terra em Mato Grosso acontece durante toda esta semana (10 a 14/08), na capital Cuiabá.
Fazem parte da mobilização: MST, Fetagri, MTA Movimento dos Trabalahadores/as Acampados e Assentados, Associação 13 de Outubro.