MPE pede dissolução do MST em Sarandi (RS)
A juíza Andréia dos Santos Rossato, da Justiça estadual de Sarandi, atendeu o pedido da ação pública do Ministério Público Estadual para retirada de todas as famílias de trabalhadores rurais Sem Terra da região da comarca em 72 horas.
A juíza Andréia dos Santos Rossato, da Justiça estadual de Sarandi, atendeu o pedido da ação pública do Ministério Público Estadual para retirada de todas as famílias de trabalhadores rurais Sem Terra da região da comarca em 72 horas.
O pedido do MPE pede a dissolvição do acampamento localizado às margens da rodovia BR 386. As famílias estão acampadas no local desde que o próprio Ministério Público exigiu o despejo de outro acampamento no ano passado. Uma das alegações do MPE é de que as famílias criam “suínos e bovinos no local, desequilibrando o meio ambiente”. O promotor ignora que a área está sendo recuperada ambientalmente pelas próprias famílias acampadas. A outra justificativa para o despejo é de que as crianças não freqüentam as escolas, desde o fechamento das escolas itinerantes, por determinação do mesmo Ministério Público Estadual.
Em 2006, o Conselho Superior do Ministério Público havia registrado em ata a decisão de “extinguir” o MST no Rio Grande do Sul. Há quinze dias, uma promotora do MPE estadual em São Gabriel considerou “profissional” a atuação da Brigada Militar que resultou no assassinato do trabalhador Elton Brum.
As famílias acampadas já decidiram que permanecerão na área.