Jovens de assentamentos fazem curso na Bahia

As aulas do "Programa Saberes da Terra – ProJovem Campo", no Assentamento Riacho da Palmeira, a 28 quilômetros de Iguaí, na Bahia, tiveram início em 22 de agosto. A aula inaugural contou com a participação de 40 jovens, dos assentamentos de Reforma Agrária e comunidades vizinhas, bem como agricultores familiares, coordenação do assentamento e educadores do programa. Participam do programa no assentamento jovens na faixa etária de 18 a 29 anos, que atuam na agricultura familiar, residentes no campo, que não concluíram o Ensino Fundamental.


As aulas do “Programa Saberes da Terra – ProJovem Campo”, no Assentamento Riacho da Palmeira, a 28 quilômetros de Iguaí, na Bahia, tiveram início em 22 de agosto.

A aula inaugural contou com a participação de 40 jovens, dos assentamentos de Reforma Agrária e comunidades vizinhas, bem como agricultores familiares, coordenação do assentamento e educadores do programa.

Participam do programa no assentamento jovens na faixa etária de 18 a 29 anos, que atuam na agricultura familiar, residentes no campo, que não concluíram o Ensino Fundamental.

O curso terá a duração de dois anos, somando 2.400 horas. Será desenvolvido no sistema de alternância – uma parte das atividades é realizada na escola e a outra parte, na comunidade. No chamado Tempo Escola, serão 1.800 horas e no Tempo Comunidade, serão 600 horas.

Dentro do programa, há mais de 10 turmas funcionando nas nove regiões da Bahia, com mais de 300 jovens.

A modalidade do curso é Educação de Jovens e Adultos, integrado à qualificação social e profissional adequada ao campo.

>>> Elevar a escolaridade e proporcionar a qualificação profissional inicial de agricultores(as) familiares;

>>> Estimular o desenvolvimento sustentável como possibilidade de vida, trabalho e constituição de sujeitos cidadãos no campo;

>>> Fortalecer o desenvolvimento de propostas pedagógicas e de metodologias adequadas à modalidade de Educação de Jovens e Adultos no campo;

>>> Realizar formação continuada em metodologias e princípios políticos pedagógicos voltados às especificidades do campo para educadores (as) envolvidos no Programa;

>>> Fornecer e publicar materiais pedagógicos que sejam apropriados ao desenvolvimento da proposta pedagógica;

>>> Estimular a permanência dos jovens na escola por meio da concessão de auxílio financeiro.

Os concluintes receberão certificação em Ensino Fundamental com Qualificação Profissional Inicial em Produção Rural Familiar.

Os temas a serem trabalhados são: Agricultura Familiar: identidade, cultura, gênero e etnia; Desenvolvimento Sustentável e Solidário com Enfoque Territorial; Sistemas de Produção e Processos de Trabalho no Campo; Economia Solidária e Cidadania, Organização Social e Políticas Públicas.

Todos os eixos temáticos agregam conhecimentos da formação profissional e das áreas de estudos para a elevação de escolaridade.

O projeto faz parte do programa nacional de educação de jovens voltado a agricultores e agricultoras familiares, que integram qualificação social e profissional e considera as especificidades do campo.

Segundo umas das Coordenadoras Pedagógica do Programa,Helenice Oliveira,a ideia é abrir mais turmas no município no intuito de beneficiar os jovens de assentamentos e comunidades rurais vizinhas aos assentamentos.

O programa é implementado pelo Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) e da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC); Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Secretaria-Geral da Presidência da República, por meio da Secretaria Nacional de Juventude; Ministério do Desenvolvimento Agrário, por meio da Secretaria de Agricultura Familiar e da Secretaria de Desenvolvimento Territorial; Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego e da Secretaria Nacional de Economia Solidária e Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Biodiversidade e Florestas.

Na Bahia, ele está sendo desenvolvido pela Secretaria de Estado de Educação, em parceria com prefeituras municipais, com a participação efetiva da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), das organizações não-governamentais e dos movimentos sociais do campo, como o MST.

(Com informações de artigo da coordenação do Programa Saberes da Terra)