Assentados da turma de agroecologia se formam em Itapeva
Por Maria Aparecida
Da Página do MST
Os 31 educandos da 1ª Turma de Agroecologia do estado de São Paulo se formaram, nesta quinta-feira, depois de três anos de estudos com a perspectiva de construção de uma nova matriz de desenvolvimento para o campo brasileiro, com uma produção diversificada e sem a utilização de agrotóxicos.
A formatura da turma Chico Mendes, que aconteceu na sede regional de Itapeva, é a primeira dos três cursos que aconteciam ao mesmo tempo no Estado.
“Os educandos que se formam hoje serão multiplicadores dos aprendizados adquiridos durante os três anos de estudo e troca de experiências vivenciados e divididos no instituto”, afirma a paraninfa da turma Joice Aparecida Lopes, em discurso no momento de solenidade.
O curso foi promovido pelo Instituto Laudenor de Souza, em parceria com o Centro Técnico de Campinas (COTUCA) e a Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri), por meio do Programa Nacional de Educação para a Reforma Agrária (Pronera).
As turmas de Ribeirão Preto e Pontal do Paranapanema estão com as formaturas marcadas também para o mês de outubro.
As três turmas somam 100 trabalhadores rurais assentados, que se formam para contribuir nas discussões e práticas da produção agroecológica nos assentamentos da Reforma Agrária.
O Curso Médio Integrado ao Técnico de Agroecologia tem como objetivos o desenvolvimento de pesquisas, que apontem meios de aperfeiçoar a aplicação de métodos agroecológicos, assim como a construção de alternativas para o campo numa perspectiva e concepção de um desenvolvimento rural sustentável.
A coordenação do Instituto Laudenor de Souza avalia que a agroecologia tem se mostrado um meio real para efetivar a transição do modelo agricultor convencional e a implementação de técnicas que integrem ser humano e ambiente, valorizando o conhecimento adquirido pelas culturas tradicionais e a biodiversidade, na produção agrícola.
