Sociedade civil luta contra a repressão a ativistas sociais


Da Comunicação do PAD

Organizações da sociedade civil estarão, entre os dias 04 e 08 de abril, participando de uma série de atividades, no Brasil e na Europa, que se referem à luta contra a repressão a ativistas sociais e defensores dos direitos humanos.

Da Comunicação do PAD

Organizações da sociedade civil estarão, entre os dias 04 e 08 de abril, participando de uma série de atividades, no Brasil e na Europa, que se referem à luta contra a repressão a ativistas sociais e defensores dos direitos humanos.

O Processo de Articulação e Diálogo (PAD), formado por seis agências ecumênicas européias de distintos países e por 165 entidades parceiras no Brasil, é o responsável pela ação, que reunirá em Brasília, lideranças camponesas, indígenas e representantes dos atingidos por barragens. Esse grupo denunciará no Parlamento e nas embaixadas estrangeiras abusos em geral e os causados pelas empresas transnacionais.

O “Dossiê: a repressão aos defensores de direitos humanos e movimentos sociais no Brasil” a ser lançado no dia 06/04, na Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, será um dos grandes destaques da mobilização. A publicação apresenta um relato de casos graves de violação de direitos e a luta de organizações e movimentos sociais, bem como indica os vários mecanismos que o Estado Brasileiro cria para criminalizar essas organizações em favorecimento de interesses quase sempre privados.

A publicação comprova os abusos praticados por grandes construtoras, multinacionais interessadas em nossas riquezas e por latifundiários, todos em estreita relação com as instituições que compõem o Poder Judiciário, o Legislativo e o Executivo. Os casos mostram a absurda contradição vivida pelo Brasil que salta à categoria de liderança econômica e política mundial sem superar as contradições históricas internas, geradoras de exclusão social.

Cenário Nacional

Há 24 anos a economia brasileira não crescia tanto: 7,5% do PIB. A mídia brasileira não se cansa de mostrar que o país está crescendo, produzindo, consumindo, e a imprensa mundial destaca a toda hora o despertar do gigante econômico Latino-Americano. No entanto, os indicadores econômicos positivos não representam mudanças necessárias na estrutura desigual do país, nem redução das injustiças sociais. Para piorar o quadro, houve aumento na violência aos que se insurgem ao quadro concentrador de riquezas, gerador de abusos. Os movimentos sociais e os defensores dos direitos humanos sofrem cada vez mais com a repressão organizada, estruturada e institucionalizada.

O PAD é formado por seis agências ecumênicas europeias de distintos países e por 165 entidades parceiras no Brasil.

Congrega representantes de movimentos como o MST, o MAB e o MCC, e entidades ecumênicas e organizações não-governamentais (ONGs), atuantes na Amazônia, nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Criado em 1995, o PAD orienta sua atuação na busca da promoção de uma nova cultura de diálogo multilateral e na construção de um espaço de compreensão das políticas de cooperação internacional.