Polícia ameaça despejar acampamento pela sexta vez em PE

 

Da Pàgina do MST

 

As famílias Sem Terra que vivem no acampamento Xixaim estão mais uma vez sendo ameaçadas de despejo.

A Polícia Militar de Pernambuco marcou o cumprimento de mais um mandato de reintegração de posse para esta quinta-feira. As famílias afirmam que resistirão e há possibilidade de conflito.

O Engenho Xixaim, localizado no Município de Moreno, zona da mata pernambucana, de propriedade de Paulo de Sena de Maranhão, foi ocupado pela primeira vez em setembro de 2006.

 

Da Pàgina do MST

 

As famílias Sem Terra que vivem no acampamento Xixaim estão mais uma vez sendo ameaçadas de despejo.

A Polícia Militar de Pernambuco marcou o cumprimento de mais um mandato de reintegração de posse para esta quinta-feira. As famílias afirmam que resistirão e há possibilidade de conflito.

O Engenho Xixaim, localizado no Município de Moreno, zona da mata pernambucana, de propriedade de Paulo de Sena de Maranhão, foi ocupado pela primeira vez em setembro de 2006.

A área já foi palco de cinco despejos, da ação violenta de policiais e da atuação de milícias armadas contratadas pelo proprietário, que, segundo relato dos camponeses, já chegou a ir armado ao acampamento e efetuado um dos despejos das famílias.

O caso de violência perpetrada pela polícia e pelo proprietário do Engenho já foi denunciado diversas vezes. O caso foi também apresentado no Seminário sobre pistolagem no campo, promovido pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal em 12 de agosto de 2009.

Apesar de tantas denúncias e se trate de uma propriedade que não cumpre sua função social, o Estado segue sem adotar qualquer medida para garantia dos direitos humanos das famílias acampadas.

O Incra, em sua inoperância, continua sem desapropriar a área para fins de Reforma Agrária. Sequer a vistoria preliminar da área foi realizada. Segundo nova denúncia realizada pela organização não governamental Terra de Direitos, a demora “contribuiu para a perpetuação das violências, que apenas o assentamento definitivo das famílias poderia saná-las, com a realização do devido acesso à terra e concretização da política pública de Reforma Agrária reivindicada”.

Não bastasse todo esse histórico de atentados à dignidade das famílias de camponeses Sem Terra e da clara omissão do Incra, decisão liminar de despejo foi revalidada e as famílias encontram-se, mais uma vez, prestes a sofrerem um novo despejo, que será o sexto, de uma longa e sofrida trajetória.