MST monta acampamento em frente ao Incra em Cuiabá
Por Caio Bob
O MST levantou acampamento de 350 famílias do Trevo do Lagarto, em Várzea Grande, que agora tem novo endereço em frente à sede do Incra, em Cuiabá, nesta sexta-feira.
O Movimento vai continuar organizado em frente à instituição, que fica no Centro Político Administrativo, até início de maio.
Desde 10 de abril, homens, mulheres e crianças do MST em Mato Grosso estiveram acampados no Trevo do Lagarto para cobrar agilidade na reforma agrária.
Por Caio Bob
O MST levantou acampamento de 350 famílias do Trevo do Lagarto, em Várzea Grande, que agora tem novo endereço em frente à sede do Incra, em Cuiabá, nesta sexta-feira.
O Movimento vai continuar organizado em frente à instituição, que fica no Centro Político Administrativo, até início de maio.
Desde 10 de abril, homens, mulheres e crianças do MST em Mato Grosso estiveram acampados no Trevo do Lagarto para cobrar agilidade na reforma agrária.
O acampamento estava localizado ligação das BR-070 e BR-163/364 com a rodovia dos Imigrantes. Nesse período, as famílias fizeram protestos com o bloqueio da rodovia.
A intenção é manter a pressão para que sejam acolhidos os objetivos apresentados as lideranças do governo.
A principal reivindicação é assentamento imediato de 2.500 familias, que há anos vivem em situação de insegurança em acampamentos no interior do Estado, onde a habitação são casas de lona preta.
Para resolver esse problema e a questão da aquisição de outras áreas para novos assentamentos pelo país, o Incra tem estipulado um orçamento nacional de aproximadamente R$ 530 milhões. Mas já existe uma relação de terras a serem pagas que gira em torno dos R$ 860 milhões, assim tendo um déficit financeiro.
No Mato Grosso existem três fazendas que estão dentro das prioridades do Incra, que serão utilizadas para o assentamento das famílias.
A fazenda São Paulo, em Mirassol do Oeste deve ser adquirida até o mês de maio. A fazenda Palmital, em Nova Olímpia, está em situação de compra e venda, deve ser regularizada até meados do mês de agosto. Outra propriedade de reivindicação é a fazenda Santa Maria, em Salto do Céu, que já foi paga, mas emperrada por uma questão judicial.
Outra reivindicação apresentada pelo MST é assistência técnica para as famílias que já foram assentadas. “Não adianta apenas jogar o Sem Terra em um lote e depois exigir que ele produza da noite para o dia sem qualquer apoio”, diz Antônio Carneiro, da Coordenação Nacional do MST.
Dentro do estado, o MST participou de ações populares em Várzea Grande contra a indefinição política que assombra o município, além de apoiar lideranças dos bairros cuiabanos que fizeram reivindicações a prefeitura por mais amparo e investimentos na capital.
O MST continuará em frente ao Incra para pressionar o governo para que as pautas sejam atendidas e o compromisso de apoio à agricultura familiar firmado durante campanha eleitoral seja cumprido.
As ações da Jornada Nacional de Lutas continuam no estado até o dia 10 de maio.