Incra não tem orçamento para criação de assentamentos no Maranhão
Por Reynaldo Costa
Da Página do MST
Os trabalhadores rurais que ocupam a sede do Incra em São Luís, no Maranhão, fizeram uma audiência com a superintendência do órgão para discutir a pauta dos movimentos sociais.
Um dos primeiros pontos foi o orçamento do Incra para o Maranhão. A surpresa foi grande, segundo Divina Lopes, coordenadora do MST, porque não existe previsão no orçamento para o assentamento de Sem Terra no estado.
Por Reynaldo Costa
Da Página do MST
Os trabalhadores rurais que ocupam a sede do Incra em São Luís, no Maranhão, fizeram uma audiência com a superintendência do órgão para discutir a pauta dos movimentos sociais.
Um dos primeiros pontos foi o orçamento do Incra para o Maranhão. A surpresa foi grande, segundo Divina Lopes, coordenadora do MST, porque não existe previsão no orçamento para o assentamento de Sem Terra no estado.
Diante do quadro, as negociações foram suspensas. “Não podemos admitir uma situação dessas”, disse Divina.
As negociações serão retomadas nesta sexta-feira, mas os trabalhadores definiram que continuarão no Incra para forçar encaminhamentos concretos. O órgão está ocupada desde a manhã de quinta-feira.
O MST tem 18 acampamentos, que somam 3.000 famílias acampadas no Maranhão. Há mais de quatro anos nenhuma área é desapropriada no estado.
Plenária juventude do campo
A juventude que participa da jornada de lutas na capital maranhense realizou uma plenária e debateu situação dos jovens em suas comunidades.
Segundo os dados colhidos pelos jovens das diversas organizações, a situação do jovem no meio rural no estado do Maranhão é de calamidade.
Dos 62 assentamentos coordenados pelo MST no estado, apenas um comunidade tem escola de ensino médio.
A situação é ainda pior quando se trata de ensino superior.
Apenas um jovem por assentamento conseguiu ter acesso ao ensino superior convencional.
Os demais só consegueram entrar em um curso de ensino superior por meio do Pronera (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária), mas em número bem reduzido.
A plenária decidiu articular um encontro da juventude do campo no Maranhão, articulando MST, Movimento Quilombola da Baixada Ocidental Maranhense (Moquibom) e povos indígenas Guajajara e Krikati.
O objetivo desse encontro é aprofundar esse diagnóstico e discutir formas de lutas conjuntas da juventude na busca de melhoria para suas comunidades.