Trabalhadores rurais continuam acampados no Incra de São Luís, Maranhão
Da Página do MST
Acampados na sede do Incra, desde segunda-feira (22/8), cerca de 450 manifestantes do MST, Moquibom (Movimento Quilobola da Baixada Maraense Orcidental) e índigenas, organizados pelo Cimi (Conselho Indigenista Missionário), fecharam, nas primeiras horas desta terça-feira (30/8), a sede do Incra no Maranhão.
Da Página do MST
Acampados na sede do Incra, desde segunda-feira (22/8), cerca de 450 manifestantes do MST, Moquibom (Movimento Quilobola da Baixada Maraense Orcidental) e índigenas, organizados pelo Cimi (Conselho Indigenista Missionário), fecharam, nas primeiras horas desta terça-feira (30/8), a sede do Incra no Maranhão.
A pauta de reivindicações exige a regularização de terras de quilombos e a solução dos conflitos causados pela ausência destas mesmas regularizações. “Cerca de 80 pessoas que vivem no campo estão ameaçadas de morte por causa de conflitos fundiários”, relata o líder quilombola, João da Cruz.
Outro importante ponto da pauta é o assentamento de 3 mil famílias acampadas no Maranhão. De acordo com Noé Rodrigues, da coordenalção do MST, há mais de 4 anos, nenhuma area foi desapropriada no Estado. Só o MST tem 19 acampamentos aguardando um projeto do governo para assentar estes acampados.
A situação de tensão provocada pelas ameaças de morte e despejos, que se espalha por todas as regiões do Estado, é um dos motivos desta mobilização. Até o momento, mais casos de violência e ameaças foram registrados no interior do Estado. Os últimos foram feitos nos municípios de Pirapemas (contra quilombolas), em Bom Jardim (contra índios Awá Guajá), onde um grupo de madeireiros ameçam invadir uma aldeia indígena que os impede de derrubar as matas e em Ribamar Fiquene onde sem terra que ja foram alvos de ataques, há um ano atrás voltam a ser ameaçados por milícias.
Os acampados no Incra aguardam ainda, para esta quarta-feira, uma audiência com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, e reafirma que a ocupação do Incra, em São Luís, segui por tempo indeterminado. Segundo os manifestantes, o órgão só será liberado para a audiência com o ministro, até que se tome alguma providência em relação a violência praticada contra trabalhadores rurais no Estado