Sem Terra mantem ocupação de áreas em Eldorado do Sul, Charqueadas e Taquari
Da Página do MST
As ocupações realizadas pelo MST nesta semana reivindicam regularização das três novas áreas de Eldorado do Sul, Charqueadas e Taquari, infraestrutura para produção de alimentos além de moradia, eletrificação e água potável em assentamentos; assentamento das mil famílias acampadas no Estado; liberação do convênio com o Governo Federal para compra de novas áreas destinas a Reforma Agrária no valor de 126 milhões de reais.
Da Página do MST
As ocupações realizadas pelo MST nesta semana reivindicam regularização das três novas áreas de Eldorado do Sul, Charqueadas e Taquari, infraestrutura para produção de alimentos além de moradia, eletrificação e água potável em assentamentos; assentamento das mil famílias acampadas no Estado; liberação do convênio com o Governo Federal para compra de novas áreas destinas a Reforma Agrária no valor de 126 milhões de reais.
O primeiro dia foi de organização dos acampamentos. As famílias e apoiadores ergueram barracos que servirão de casa pelos próximos tempos. Em média, essas famílias já estão há cinco anos acampadas, vivendo sempre com muitas limitações.
“Queremos ter nosso pedaço de chão para produzirmos alimentos saudáveis e termos uma vida decente”, disse uma acampada de Eldorado do Sul. Em Charqueadas, região metropolitana de Porto Alegre, e Taquari, a 94 km de Porto Alegre, os trabalhadores iniciaram o cultivo de hortaliças e arroz.
A mobilização cobra a criação de assentamentos nas áreas ocupadas e pautas gerais do movimento, como a demanda por infraestrutura nos assentamentos. Segundo Vicente Willes, da coordenação estadual do MST, “praticamente todos os assentamentos têm alguma demanda nesse sentido”.
Conforme ele, um caso gritante é o dos doze assentamentos na região de São Gabriel, criados há quatro anos. “Ali falta água potável, escola, estradas e muitas casas ainda não tem luz elétrica”, disse o coordenador do Movimento. Além disso, Vicente afirma que nos assentamentos mais antigos há dois problemas estruturais que agravam a situação: as sucessivas secas e o endividamento.
Por determinação do governador do Estado, Tarso Genro, em setembro de 2011 o secretário do Desenvolvimento Rural, Ivar Pavan, assinou um acordo com o MST destinando três áreas para assentar 36 famílias: a primeira em Eldorado do Sul, localizada próximo à BR-116 e à Estrada do Conde; a segunda em Charqueadas, localizada na antiga Colônia Penal Agrícola; e a terceira em Taquari, na antiga FEBEM. “Todas essas áreas estavam ociosas há muitos anos, e exatamente por isto é que foram escolhidas pelo movimento”, disse o acampado João Paulo Silva.
O acordo que definiu as áreas para a Reforma Agrária deriva de um documento anterior, de abril, em que o Governo Estadual havia se comprometido em assentar as mil famílias que vivem em acampamentos no Rio Grande do Sul até o final de 2011.