Sem Terra ocupam duas áreas no Rio Grande do Sul
Por José Coutinho Júnior
Da Página do MST
Trezentas famílias de Sem Terra realizaram nesta segunda-feira (16) pela manhã duas ocupações no Rio Grande do Sul.
Uma na área é do governo federal, localizada no município de Sarandi. Essa área é subutilizada, servindo de base para a realização de testes de vacina da febre aftosa.
Por José Coutinho Júnior
Da Página do MST
Trezentas famílias de Sem Terra realizaram nesta segunda-feira (16) pela manhã duas ocupações no Rio Grande do Sul.
Uma na área é do governo federal, localizada no município de Sarandi. Essa área é subutilizada, servindo de base para a realização de testes de vacina da febre aftosa.
A outra ocupação é na fazenda Santa Verônica, em Santa Margarida do Sul. Essa fazenda tem extensão de 950 hectares e está em processo de desapropriação há mais de três anos. Parte da área está arrendada para produtores de soja.
De acordo com o integrante da coordenação nacional do MST, Cedenir de Oliveira, “as ocupações são parte da jornada de lutas, e além disso servem para cobrar do poder público o assentamento de mais de mil famílias acampadas na região”.
As mobilizações no Estado ocorrem principalmente para pressionar o governo a cumprir um acordo que foi trancado em 2011, que destinava R$ 126 milhões para compra de áreas em Saranduva, Salto do Jacuí em Boa Vista, totalizando mais de 1300 hectares de terra para a Reforma Agrária.
Apesar de não existir mais repressão policial contra os Sem Terra na área, a demora em atender a pauta da Reforma Agrária tem se tornado um problema: nos últimos dois anos. Nenhuma família foi assentada na região.
Ações desse tipo acontecem pelo Brasil inteiro no mês de Abril, na chamada Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária, em memória aos 21 Sem Terra assassinado no Massacre de Eldoradp dos Carajás (PA), numa operação da Polícia Militar em 1996, sem que nenhuma pessoa fosse presa.