Sem Terra lançam o Centro de Formação de Pesquisa em Agroecologia e SAFs



Da Página do MST

Nesta quinta-feira (31), acontece o lançamento da pedra fundamental da construção do Centro de Formação Educação e Pesquisa em Agroecologia e Sistemas Agroflorestais, no pré-assentamento Jaci Rocha no município de Prado, Bahia, que conta com a presença do Governador Jaques Vagner.

Da Página do MST

Nesta quinta-feira (31), acontece o lançamento da pedra fundamental da construção do Centro de Formação Educação e Pesquisa em Agroecologia e Sistemas Agroflorestais, no pré-assentamento Jaci Rocha no município de Prado, Bahia, que conta com a presença do Governador Jaques Vagner.

A construção deste espaço de educação é fruto da luta das famílias que ousaram ocupar áreas de eucalipto, pois nos últimos anos o território do extremo sul da Bahia foi fortemente invadido pelas empresas produtoras de celulose, expulsando milhares de camponeses do campo e causando impactos na natureza, na cultura dos povos e na sociedade em geral, deteriorando a biodiversidade desta região, formando uma paisagem homogeneizada pelo eucalipto.

O MST tem realizado dezenas de ocupações em terras destas empresas, mobilizando centenas de milhares de famílias atingidas direta e indiretamente pelo monocultivo. As primeiras áreas ocupadas pelo Movimento foram áreas da antiga Aracruz, empresa essa com histórico de grande truculência com movimentos sociais, indígenas, quilombolas e que em 2010 foi comprada pela Votorantin, tornando-se Fibria Celulose.

A partir de grandes mobilizações e ocupações de terras em áreas desta empresa, a mesma se viu obrigada a ceder e dialogar com o MST na tentativa de melhorar sua antiga imagem e por meio da intermediação do governo estadual da Bahia, Universidade de São Paulo/ESALQ, a empresa negociou 6 áreas para serem desapropriadas pelo Incra e pagas pelo Estado da Bahia, dando origem ao “Projeto Assentamentos Produtivos Agroecológicos” que tem como foco a agroecologia e os sistemas agroflorestais, com vistas a consolidar assentamentos rurais em uma nova perspectiva de arranjos produtivos.

Dentro desta lógica, une-se geração de renda, diversificação da produção, conservação da agrobiodiversidade e fortalecimento sociocultural das comunidades.
O Centro de Formação, Educação e Pesquisa em Agroecologia e Sistemas Agroflorestais faz parte deste projeto e é visto pelas famílias Sem Terra como uma importante conquista desta luta travada, fundamentado na perspectiva de fortalecer os assentamentos e acampamentos do MST e contribuir para a construção da agroecologia.

Serão assentadas cerca de 800 famílias em uma área de 12 mil hectares. O Centro terá capacidade para atender 200 estudantes, camponeses e da cidade, através de cursos de formação técnica, formal e profissionalizante, cursos de organização politica e social, bem como o acompanhamento técnico das famílias envolvidas no projeto.