Movimentos discutem as diretrizes para Educação do Campo em MG


Da Página do MST


Passados mais de 14 anos do marco da 1ª Conferência Nacional por uma Educação do Campo, realizado em Luziânia (GO), pela primeira vez o governo do estado de Minas Gerais assume a necessidade de se pensar uma educação específica para os povos do campo.


Da Página do MST

Passados mais de 14 anos do marco da 1ª Conferência Nacional por uma Educação do Campo, realizado em Luziânia (GO), pela primeira vez o governo do estado de Minas Gerais assume a necessidade de se pensar uma educação específica para os povos do campo.

Nesta quarta-feira (24), os movimentos sociais apresentaram à Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais o documento “Diretrizes para Educação do Campo”, que sintetiza as principais propostas para educação do campo no estado, além de trazer um diagnóstico básico e apontar principalmente as demandas emergenciais, como a formação dos educadores, o acesso ao Ensino Médio, dentre outras.

Segundo representares do setor de educação do MST e da Via Campesina, esse momento representa um passo importante no marco da Educação do Campo no estado, mas têm a clareza que somente a luta de todos os povos do campo é que garantirá a criação das Diretrizes para Educação no Campo, bem como a sua futura efetividade.

Histórico

Em abril de 2011, a partir de uma audiência de diferentes setores do governo do estado, como a Secretaria de Educação, a Secretaria da Agricultura, a Secretaria de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior, Instituto de Terras, junto com representantes do MST e da Via Campesina, foram iniciadas as articulações para a constituição de um Grupo de Trabalho para a Educação do Campo em Minas Gerais.

Essa articulação foi uma resposta às reivindicações dos movimentos sociais mineiros, que protagonizam as discussões sobre a necessidade de construção e consolidação de políticas públicas para os povos do campo e, reivindicam, dentre outros aspectos, uma educação escolar específica e coerente com as características sociais, históricas e produtivas da população do campo.  

As discussões promovidas pelo GT ao longo de 2011 expressaram a relevante necessidade de promover um seminário onde pudessem ser ouvidos outros segmentos  da sociedade e demais representantes das instituições integrantes do GT, visando uma convergência das questões e das prioridades desta pauta.

Diante disso, surgiu o 1° Seminário da Educação do Campo: Propostas de Diretrizes para Minas Gerais, justamente com o propósito de ampliar as discussões já iniciadas no GT e construir subsídios à Secretaria de Estado de Educação
   
O GT é composto pelo MST, a Comissão Pastoral da Terra, a Associação da EFAs de Minas Gerais, representantes de organizações sindicais (Fetaemg), indígenas e quilombolas.