Via Campesina ocupa Ministério da Fazenda em Porto Alegre

 

Por Neudicléia de Oliveira
Da Página do MST

 

Na manhã desta terça-feira (16), cerca de quatro mil trabalhadores e trabalhadoras rurais do MST, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD) e Levante Popular da Juventude ocuparam o Ministério da Fazenda, no Rio Grande do Sul, onde permanecerão acampados por tempo indeterminado.

 

Por Neudicléia de Oliveira
Da Página do MST

 

Na manhã desta terça-feira (16), cerca de quatro mil trabalhadores e trabalhadoras rurais do MST, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD) e Levante Popular da Juventude ocuparam o Ministério da Fazenda, no Rio Grande do Sul, onde permanecerão acampados por tempo indeterminado.

As organizações sociais reivindicam a criação de uma Política Nacional Camponesa que apresente alternativas aos limites enfrentados no campo para acesso ao conhecimento, à saúde, à moradia, ao saneamento básico, ao lazer e à cultura, assim como a garantia das condições técnicas para a produção de alimentos saudáveis.

Outros pontos de pauta são a realização da Reforma agrária, a renegociação das dívidas dos pequenos agricultores, a desbancarização do crédito agrícola e a compensação ambiental aos camponeses pela preservação da natureza.

De acordo com Eloir Soares da coordenação do MAB, a Via Campesina vem debatendo e negociando junto ao governo do estado a criação de um Programa Camponês que beneficiaria os pequenos agricultores gaúchos. “Além de concretizar esse programa a nível estadual, nossa luta reivindica que se amplie essa política nacionalmente beneficiando todos os camponeses”, disse Soares.

Para Cedenir de Oliveira, da coordenação nacional do MST, é necessário uma mudança no atual modelo de agricultura predominante, controlado pelas grandes empresas do agronegócio. “A consequência disto é aumento freqüente nos preços dos alimentos, a contaminação por agrotóxicos e a existência de mais de um bilhão de pessoas que passam fome no mundo”, argumenta Cedenir.

A mobilização integra a Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária. Além disso, outras 400 trabalhadores Sem Terra estão acampados em Brasília, no Acampamento Nacional Hugo Chávez, desde março deste ano por tempo indeterminado, como forma de chamar a atenção do governo para a urgência de assentar as 90 mil famílias acampadas em todo o país.