Movimentos sociais de Alagoas firmam agenda de lutas em encontro unitário


Por Gustavo Marinho
Da Página do MST

Diversos movimentos sociais de Alagoas reuniram-se no Encontro Unitário dos Trabalhadores, Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas, entre os dias 24 e 25 de abril, para planejarem mobilizações conjuntas para o próximo período.

Ao longo das atividades, trabalhadores e trabalhadoras do campo, de comunidades pesqueiras e indígenas, reforçaram a necessidade de ações coletivas para fazer enfrentamento aos ataques que os trabalhadores vêm recebendo.

“Os diversos problemas que temos vivenciado serão resolvidos em muito na unidade, somando forças em nossas lutas para que possamos buscar alternativas para o desenvolvimento do campo alagoano”, afirmou Débora Nunes, da coordenação nacional do MST.

Zennus Dynis, do Conselho Indiginista Missionário (CIMI), destacou a importância do Encontro para o fortalecimento das alianças entre os movimentos sociais no estado.
“Essa troca de experiência é fundamental para o avanço de nossas ações. Somente com unidade que vamos conquistar o que nos é de mais importante: a terra, que tanto para os indígenas quanto para os trabalhadores do campo, é essencial para a nossa sobrevivência”, disse Zennus.

Para o dia 1º de maio, os movimentos já sinalizam mais uma mobilização conjunta e sinalizando que muitas outras lutas estão por vir. “A sociedade não vai permitir que as nossas bandeiras sejam enterradas pela elite alagoana. E é por isso que continuaremos mobilizados”, disse José Roberto, do MST.

Semana Social Alagoana

Na sexta-feira (26), centenas de alagoanos foram às ruas de Maceió num ato contra o governo do estado. A mobilização fez parte da 5° edição da Semana Social Alagoana, que teve como tema “Do Estado que temos ao Estado que queremos”.

O ato reuniu os movimentos sociais do campo, centrais sindicais, pastorais sociais, movimento estudantil, partidos políticos e diversos grupos culturais. Para Padre Rogério, da Arquidiocese de Maceió, a mobilização da sociedade alagoana é mais que necessária, pois “o Estado que queremos e pelo qual lutamos, é o Estado que realize a Reforma Agrária, garanta educação, saúde e se preocupe com a nossa juventude. É por isso que estamos juntos, campo e cidade, por justiça e dignidade”, disse o padre.

A caminhada seguiu em direção ao palácio do governo, onde os grupos culturais realizaram intervenções artísticas.    “Os atos que o povo alagoano está realizando são para demonstrar nossa insatisfação pela morosidade governamental, desde o governo federal ao governo estadual”, denunciou Josival Oliveira, do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST).