Sem Terrinhas iniciam jornada de luta em Alagoas
Por Gustavo Marinho
Da Página do MST
A Jornada Sem Terrinha começou em Alagoas com muitas brincadeiras e aprendizado. As crianças acampadas e assentadas de todo o estado participam de atividades durante todo o mês de outubro, onde protagonizam lutas por seus direitos básicos.
Em Atalaia, município que abriga diversos assentamentos e acampamentos organizados pelo MST no estado, os Sem Terrinhas iniciaram uma semana de atividades na Ciranda Infantil Dorcelina Folador, no Assentamento Milton Santos, com gincanas, apresentações teatrais e oficinas.
Na quarta-feira (9/10) estudantes de Comunicação Social da Universidade Federal
de Alagoas deram uma oficina de fotografia às crianças Sem Terra de Atalaia, onde elas registraram um pouco da vida no assentamento.
Caroline Barbosa, uma das estudantes que facilitou a oficina, destacou a importância da atividade. “Participar da Jornada Sem Terrinha foi uma ótima experiência. De forma lúdica conseguimos fazer com que elas vivenciassem algo fora de suas rotinas e se divertissem”, afirmou.
Caroline ainda completou dizendo que “conhecer a vida no assentamento me fez perceber como são organizadas e cheias de garra as pessoas que travam as lutas do MST”.
Já no agreste do estado, as crianças preparam-se para a 1ª Exposição Sócio-Cultural dos Sem Terrinha, que receberá cerca de 1.200 Sem Terrinhas da região, para um dia de atividades no Assentamento 25 de Julho.
Entre torneios de futebol e gincana, as crianças realizarão uma audiência pública com os gestores dos municípios da região levando as pautas de reivindicação dos Sem Terra às autoridades públicas.
Luana Pommé, do Setor de Educação do MST, ressaltou a importância da Jornada como um espaço importante para o protagonismo da luta das crianças.
“A jornada Sem Terrinha é um momento de auto organização das crianças em que elas vão dizer o que precisam, como é a infância nos assentamentos e acampamentos, como estão as escolas, a saúde, os espaços de lazer além de ser também um momento de confraternização e de celebração da infância Sem Terra”.
Luana explica que este ano a jornada tem como pauta, além da solidariedade internacional, as questões concretas da infância Sem Terra, principalmente a construção de escolas nos assentamentos.
Ainda segundo ela, a Jornada é um momento importante não só para os Sem Terrinhas, mas para todo o conjunto do Movimento. “As crianças fazem parte da história e da luta do MST, elas vivem e acompanham todos os momentos da nossa caminhada”, acredita.
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