Mais de 12 estados se mobilizam na Jornada Unitária por Soberania Alimentar
Da Página do MST
Ao longo de toda esta semana, os movimentos sociais do campo em todo o mundo se mobilizam contra o que atenta aos direitos dos trabalhadores do campo, das águas e das florestas. As ações se unificaram nesta quarta-feira (16), no dia da Ação Global por Terra e Soberania dos nossos Povos.
Da Página do MST
Ao longo de toda esta semana, os movimentos sociais do campo em todo o mundo se mobilizam contra o que atenta aos direitos dos trabalhadores do campo, das águas e das florestas. As ações se unificaram nesta quarta-feira (16), no dia da Ação Global por Terra e Soberania dos nossos Povos.
No Brasil, os povos do campo lutam para garantir a produção de alimentos saudáveis, em defesa da Reforma Agrária e contra o modelo do agronegócio.
Até o momento, os movimentos que compõem a Jornada Unitária de Lutas por Soberania Alimentar realizaram mobilizações, marchas, ocupações de terras e prédios públicos em mais de 12 Estados.
Os movimentos sociais denunciam que mesmo os camponeses sejam responsáveis por mais de 70% do alimento consumido no Brasil e por 70% dos empregos gerados no campo brasileiro, o governo insiste em privilegiar o agronegócio, cujo modelo foca no cultivo de monoculturas voltadas para exportação, com alta utilização de venenos.
Defendem que as terras agrícolas sejam destinadas, prioritariamente, para a produção de alimentos saudáveis, além de exigirem o imediato banimento dos agrotóxicos já proibidos em outros países.
De acordo Alexandre Conceição, da coordenação nacional MST, a jornada unitária faz parte das ações conjuntas dos movimentos para enfrentar o agronegócio, e é uma forma de pressionar o governo para desenvolver políticas públicas para o campo.
“O governo Dilma abandonou a Reforma Agrária. Enquanto o agronegócio avança sem limites de regras democráticas na agricultura brasileira, o campesinato sofre com a falta de desapropriação de terras, com o endividamento crônico e a ausência de uma política econômica de crédito”, afirma.
Para o secretário de políticas agrárias da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Zenildo Pereira, a unidade camponesa se faz necessárias para intensificar o processo de luta e resistência ao avanço do agronegócio no campo.
“Essa ação conjunta pauta a Reforma Agrária e nosso posicionamento contra o agronegócio que avança de maneira feroz sobre o campesinato brasileiro, somos contra o grande projeto de desnacionalização que diariamente põe em risco a soberania do povo brasileiro” salienta.
A Jornada Unitária de Lutas por Soberania Alimentar está sendo realizada pela Via Campesina, Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), Fetraf (Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar) e MCP (Movimento Camponês Popular).
Bsb
Em Brasília, a Via Campesina e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) ocuparam na manhã desta quinta-feira o ministério de minas e energia.
A reivindicação é que o governo cancele leilão de reservas do pré-sal, marcado para o próximo dias 21 de outubro.
Na tarde de ontem, o Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP) e da Via Campesina ocuparam a sede do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA).
O objetivo é reivindicar a efetivação dos direitos desses povos e denunciar as irregularidades que cercam o processo de privatização das águas públicas no país.
De manhã vários movimentos sociais do campo ocuparam o Ministério da Agricultura, para reivindicar a desapropriação de terras para a Reforma Agrária, uma política econômica de crédito para os camponeses e uma solução definitiva para as dívidas.
RO
Desde a madrugada desta quinta-feira, 17, cerca de 350 famílias atingidas pelas usinas hidrelétricas de Santo Antônio, Jirau e Samuel, em Rondônia, bloquearam as duas entradas de acesso da usina, na Estrada do Santo Antônio e na BR 364, no sentido Jaci-Paraná. A ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas dos Trabalhadores, que em Rondônia reivindica os direitos das populações atingidas por barragens e o cancelamento do leilão do campo de Libra.
GO
Desde as 6 horas dessa quarta-feira (16), três mil camponeses e camponesas ocupam, os prédios da Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás e da Superintendência Federal da Agricultura, em Goiânia.
A mobilização é realizada pelo Movimento Camponês Popular (MCP), MST e Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás (Fetaeg), que reivindicam a permanência das famílias no campo; qualidade de vida; renda; direitos iguais para mulheres e homens; produção de alimentos saudáveis; e reforma agrária.
BA
Nessa quarta-feira (16), cerca de seis mil camponeses e camponesas da Via Campesina (Movimento dos Atingido por Barragens – MAB, MPA, MST, entre outros) ocuparam a sede da CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco), na cidade de Juazeiro, em repúdio às multinacionais do agronegócio.
Em seguida os trabalhadores realizaram Audiência Pública sobre o Semiárido para discutir os problemas e as alternativas para o desenvolvimento da agricultura Camponesa no Vale do São Francisco.
CE
Nesta quarta-feira (16), cerca de 800 agricultores do MST e MAB realizaram uma marcha até a sede do Governo do Estado, em Fortaleza, para exigir uma audiência com governador Cid Gomes.
Os manifestantes de várias regiões do estado, estão acampados desde terça-feira (15) na sede do Incra, para cobrar a liberação de recursos e infraestrutura hídrica para os assentamentos. Eles reivindicam ainda, o assentamento de 1500 famílias acampadas, emissão de posses de áreas em processo de negociação, assistência técnica e infraestrutura hídrica de convivência como semi-árido e enfrentamento aos efeitos da seca.
SP
Nesta quarta-feira (16), na região de Ribeirão Preto, cerca 100 famílias no Acampamento Irmã Dorothy, em Restinga, realizam um ato para relembrar o dia Internacional da Alimentação e no município de Salete Oliveira, fazem uma panfletagem na Praça.
No Pontal do Paranapanema, cerca de 150 famílias ocuparam a fazenda São Domingos no município de Sandovalina. A ação visa denunciar a paralisia da Reforma Agrária na região do Pontal do Paranapanema, o maior estoque de terras públicas do estado de São Paulo sob posse do Latifúndio e do agronegócio.
Em Ribeirão Preto, 100 famílias ocuparam a Prefeitura de Ribeirão Preto por pauta social, escola e transporte, após ocuparam uma Agência da Caixa na luta por moradia nas áreas de Assentamentos de Reforma Agrária.
Na região de Iaras foi deita uma ocupação na Fazenda União, no município de Borebi, com 300 famílias. A área faz parte do Núcleo Colonial Monções, um conglomerado de 40 mil hectares de terras públicas da União invadidas por empresas do agronegócio e fazendeiros.
Em Piracicaba, na região de Campinas, acampados fazem uma mobilização em frente à Prefeitura e foram recebidos pelo procurador do município.
Na segunda-feira (14), em Andradina, cerca de 40 famílias ocuparam a Superintendência Regional do INCRA, na pauta as reivindicações na vistoria de área e de assentamento imediato as famílias acampadas da região.
PE
Cerca de 6 mil trabalhadores rurais participaram de manifestações em Pernambuco em defesa da Reforma Agrária e contra o modelo de produção do agronegócio. Nesta quarta-feira (16/10), 400 Sem Terra ocuparam a sede da Chesf em Recife. Depois, seguiram em marcha até a superintendência estadual do Ministério da Agricultura, para audiência com o superintendente e entrega de carta de repúdio sobre o modelo do agronegócio instalado no Brasil.
Em Petrolina, cerca de 5.000 trabalhadores do MST e MPA ocuparam a unidade de pesquisa da Monsanto, empresa multinacional estadunidense de produção de sementes transgênicas. Cerca de 200 Sem Terra também trancaram a BR 104, no município de Agrestina, que liga ao município de Cupira, região brejo do estado.
PR
Nessa quarta-feira (16), cerca de 500 pessoas dos assentamentos e acampamentos do MST da região norte e noroeste do estado, pastorais, sindicatos, e sociedade civil, estão mobilizados em frente à empresa brasileira de produtos agroquímicos, Nortox S.A, no distrito de Aricanduva, em Arapongas, BR 369, no Km 195.
O objetivo é denunciar à sociedade os crimes ambientais cometidos pela empresa Nortox, desde a contaminação do solo e os lençóis freáticos da região, até o mau cheiro causado pelos venenos, além da falta de fiscalização e descaso por parte dos órgãos responsáveis, os trabalhadores trancam o trânsito em frente à empresa. No final da tarde será realizada uma marcha pela Avenida Arapongas, no centro da cidade.
Em Curitiba, cerca de 200 trabalhadores Sem Terra, ocupam o Incra, para denunciar a paralisação da Reforma Agrária e cobrar agilidade na desapropriação de terras. Atualmente no Paraná existem cerca de 6.000 famílias que vivem em barracos de lonas, muitas há mais de cinco anos.
Ainda na capital paraense, cerca de 40 entidades, entre o MST, Rede Ecovida de Agroecologia, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Terra de Direito, Central Única dos Trabalhadores (CUT/PR), e Federação das Comunidades Quilombolas, também estão realizando um ato político para relembrar o Dia Mundial da Alimentação.
ES
Mais de duas mil e quinhentos trabalhadores e trabalhadoras se reuniram hoje (16) em frente ao Walmart, num ato de celebração contra o agronegócio e o mercado agro alimentar no ato mais de mil famílias carentes receberam cestas de alimentos produzidas pelo campesinato capixaba.
Funcionários do Walmart, também receberam cestas de alimentos, e denunciaram as situações precárias de trabalho, principalmente os baixos salários, os trabalhadores pediram para não serem identificados.
Os camponeses do MPA também se deslocaram até a secretaria de educação do estado onde pautaram a construção de uma universidade para o Campesinato, reabertura das escolas do campo. Passaram pelo palácio do café onde protestaram pelos baixos preços do café.
PA
Cerca de 250 famílias do MST ocuparam na manhã de hoje (16/10), a Secretaria de Estado de Agricultura.
As famílias exigem uma reunião com o secretário Hidelgardo Nunes para o destravamento da pauta da jornada de abril. Os trabalhadores reivindicam novas desapropriações de terras, escolas nos assentamentos, energia elétrica e créditos.
AL
Desde esta quarta-feira (16), centenas de agricultores de todas as regiões do estado de Alagoas levam toneladas de alimentos e uma diversidade de produtos vindos de assentamentos e acampamentos para a 1° feira da Reforma Agrária, realizada no município de Arapiraca.
O intuito é dialogar com a sociedade sobre a importância da Reforma Agrária para o Brasil e a produção de alimentos saudáveis livres de agrotóxicos, reafirmando os dados de que sustenta esse país é o campesinato.
A feira se destaca também pela tabela de preços abaixo do mercado, consequência da eliminação da figura do atravessador e da venda direta do produtor ao consumidor final.
RS
Os Movimentos sociais da Via Campesina ocuparam na manhã dessa terça-feira (15), o Incra, em Porto Alegre, em protesto pela criação de uma Política Nacional Camponesa que permita que os agricultores tenham subsídios necessários para continuar no campo.
Entre outras pautas, está a renegociação das dívidas dos pequenos agricultores e assentados, considerando mudanças nas normas existentes como a inclusão de uma carência de com 10 para apagar, bônus de adimplência de 30% na parcela paga em dia e o poder de recontratar novos financiamentos.
SC
Na terça-feira (15) a Via Campesina de Santa Catarina ocupou o Incra. Os camponeses entregaram uma pauta de reivindicações para o superintendente José dos Santos, reivindicando novas áreas para a Reforma Agrária, renegociação de dívidas, nova modalidade de crédito e infraestrutura para os assentamentos.
Também foi realizada uma aula aberta na Universidade Federal de Santa Catarina sobre a questão do petróleo. E protestos no órgão estadual de meio ambiente, para denunciar a situação dos atingidos por barragens no Estado. Na quarta-feira (16) os trabalhadores marcham até a Conab e realizam manifestação conjunta com os petroleiros contra o leilão do petróleo, em Itajaí.
PB
Após percorrer 50 quilômetros a pé sob sol intenso, cerca de 2.500 integrantes do MST chegaram nesta terça-feira (15) a João Pessoa para reivindicar a desapropriação de terras aos governos federal e estadual. Eles saíram do assentamento Wanderley Caixe, em Caaporã, localizada na divisa da Paraíba com Pernambuco, e enfrentaram cerca de oito horas de caminhada na rodovia.
Na capital, os manifestantes seguiram em direção ao Palácio do Governo, para solicitar audiência com Ricardo Coutinho, mas não foram atendidos. Em seguida ocuparam o Incra e participaram de uma reunião com representantes do órgão.
MS
Na Manhã desta quarta-feira (16), cerca de 500 pessoas trancaram as BR 267 e 163. Amanhã, quinta (17) está previsto uma mobilização em Campo Grande e os movimentos vão ocupar o Incra com o objetivo de pressionar o governo para realizar Reforma Agrária, desapropriação de terras, renegociar as dívidas e aprovação do novo crédito.
MT
Desde a madrugada de segunda feira (15), que o Incra permanece ocupada em Cuiabá, uma vez que houve uma audiência mas não teve avanços.
Na região sudoeste Cáceres foi realizada uma marcha em que trancaram a BR. E em Rondonópolis Sul de Mato Grosso ocuparam a Conab. O objetivo é intensificar a luta pela terra, desapropriações e infraestrutura para os assentamentos.