TJ anula júri que absolveu acusado de participar de assassinato de Sem Terra
Por Terra de Direitos
Na tarde desta quinta-feira (12) o Tribunal de Justiça do Paraná determinou que Augusto Barbosa da Costa, acusado de participar do assassinato do trabalhador rural sem terra Sebastião Camargo Filho, seja submetido a novo julgamento pelo Tribunal do Júri de Curitiba.
Augusto é acusado de integrar milícia armada que realizou, em fevereiro de 1998, despejo forçado ilegal na fazenda Boa Sorte, município de Marilena/PR.
Por Terra de Direitos
Na tarde desta quinta-feira (12) o Tribunal de Justiça do Paraná determinou que Augusto Barbosa da Costa, acusado de participar do assassinato do trabalhador rural sem terra Sebastião Camargo Filho, seja submetido a novo julgamento pelo Tribunal do Júri de Curitiba.
Augusto é acusado de integrar milícia armada que realizou, em fevereiro de 1998, despejo forçado ilegal na fazenda Boa Sorte, município de Marilena/PR.
Nesta ocasião, o ex-presidente da União Democrática Ruralista – UDR, Marcos Menezes Prochet, assassinou o trabalhador sem terra Sebastião Camargo Filho com um tiro de escopeta calibre 12, crime pelo qual foi condenado a 15 anos e nove meses de prisão, em novembro deste ano.
Leia mais:
Prochet é condenado a 15 anos de prisão por morte de Sem Terra
Justiça limita uso do dinheiro de Leilão. Fazendeiros irão cumprir?
Em 4 de fevereiro deste ano, em júri popular, ficou confirmada participação e contribuição de Augusto Barbosa no despejo forçado e no assassinato do agricultor, apesar disso, foi absolvido pelos jurados. Diante desta contradição no julgamento do caso, o Tribunal de Justiça anulou o júri para que se faça outro.
Outros envolvidos
Além de Prochet, condenado em novembro neste ano, em 2012 outros dois acusados de participação no crime foram condenados: Teissin Tina, ex-proprietário da fazenda Boa Sorte, onde o agricultor foi morto, recebeu condenação de seis anos de prisão por homicídio simples; e Osnir Sanches foi condenado a 13 anos de prisão por homicídio qualificado e constituição de empresa de segurança privada, utilizada para recrutar jagunços e executar despejos ilegais.
No mês de julho de 2013, o Ministério Público do Paraná também denunciou por suspeita de participação no crime o ruralista Tarcísio Barbosa de Souza, presidente da Comissão Fundiária da Federação de Agricultura do Estado do Paraná – FAEP, ligada à Confederação Nacional da Agricultura – CNA. O ruralista é ex-tesoureiro da União Democrática Ruralista – UDR e ex-vereador em Paranavaí pelo partido Democratas (DEM).