Agronegócio desestimula produção de alimentos básicos, diz pesquisador
Da Página do MST
Em artigo, Gerson Teixeira, presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra) analisa o impacto da revolução agrícola, que padronizou a agricultura brasileira de acordo com o modelo do agronegócio estadunidense, na produção e abastecimento das culturas básicas do brasileiro.
Da Página do MST
Em artigo, Gerson Teixeira, presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra) analisa o impacto da revolução agrícola, que padronizou a agricultura brasileira de acordo com o modelo do agronegócio estadunidense, na produção e abastecimento das culturas básicas do brasileiro.
“Resta que, nos dias presentes, fruto da evolução desse cenário que adquiriu contornos ainda mais adversos com o período de neoliberalismo, a questão da soberania alimentar se mantém como bandeira de remota concretização, e mesmo a segurança alimentar permanece como uma questão em aberto no Brasil”.
Esse modelo faz com que o Brasil tenha de importar produtos que poderia produzir com facilidade.
“Em 2013 o Brasil importou US$ 2.4 bilhões de trigo em grãos, o que correspondeu a um incremento nominal de 140% em relação a 2003. (…) Vale lembrar que em 1987 o Brasil praticamente alcançou a autossuficiência em trigo graças ao programa vigente com esse objetivo, que foi abandonado com o avanço das ideias neoliberais”.
Os interesses do agronegócio são responsáveis por diminuir drasticamente a oferta dos produtos básicos para que se produza mais commodities para exportação, “expondo a população brasileira à situação crescente de risco na oferta interna desses produtos. De outra parte, produtos nobres do agronegócio exportador (soja e milho) apresentam vigorosas tendências expansionistas.”
Os agricultores familiares, sem alternativas viáveis de financiamento, acabam sendo absorvidos para a produção do agronegócio.
“Vale enfatizar a progressiva migração dos agricultores familiares para a contratação de operações de crédito para a soja com o movimento em sentido oposto nos casos dos financiamentos de culturas básicas da alimentação como arroz, feijão e mandioca”.
Para ler o artigo completo de Gerson Teixeira, clique aqui.