Em jornada de lutas, mulheres Sem Terra Ocupam latifúndio na BA
Da Página do MST
Mais de 1200 mulheres do MST do extremo sul da Bahia ocuparam na nesta sexta feira (28/03) a fazenda JU, de mais de dois mil hectares, situada no município de Prado. Essa ação dá continuidade à jornada de luta das mulheres Sem Terra que neste ano traz como lema “Mulheres Sem Terra na luta contra o capital e pela Reforma Agrária Popular”.
Da Página do MST
Mais de 1200 mulheres do MST do extremo sul da Bahia ocuparam na nesta sexta feira (28/03) a fazenda JU, de mais de dois mil hectares, situada no município de Prado. Essa ação dá continuidade à jornada de luta das mulheres Sem Terra que neste ano traz como lema “Mulheres Sem Terra na luta contra o capital e pela Reforma Agrária Popular”.
A dirigente do MST Eliane Kai afirma que a ação denuncia o descaso pelo qual centenas de ex-trabalhadores da Fazenda conhecida como JU estão vivendo, devido ao fechamento das atividades há mais de oito meses, o que ocasionou a demissão de centenas de pessoas sem que se realizasse os acertos trabalhistas de direitos.
A empresa contava com um efetivo de 240 funcionários fixos, e em épocas de colheita do café chegava a contratar até 800 pessoas. Ex funcionários afirmam que a empresa vinha em um ciclo de atrasos de salários e não cumpria as leis trabalhistas, como assinar a carteira de muitos deles.
A fazenda está Instalada no Município de Prado, e há 25 anos é de propriedade de uma família de São Paulo que possui investimentos em outros estados. Seus latifúndios na Bahia são compostos pelas atividades agrícolas de mamão, pecuária e café em extensos monocultivos com alto uso de agrotóxicos, prática essa que envenena a terra, os alimentos e coloca em riscos trabalhadores e população em geral.
As mulheres do MST se solidarizam com a situação dessas famílias neste momento difícil e denunciam a brutalidade pela qual o latifúndio e o agronegócio tratam a população e o desenvolvimento da região, fazendo com que o índice de desemprego aumente. Por isso reivindicam que esse latifúndio seja desapropriado.
Eliane ainda reafirma a necessidade da realização de uma Reforma Agrária que assegure uma distribuição justa de terras e produção de alimentos saudáveis dando possibilidades à conquista da dignidade e justiça social.