Movimentos organizam oficinas para promover EJA nos assentamentos
Por Iris Pacheco
Deste terça-feira (8) está sendo realizado, em Brasília, a primeira oficina MEB/Pronera 2014, que se refere aos convênios assinados em dezembro de 2013 para alfabetização de Jovens, Adultos e Idosos em áreas de assentamentos.
Por Iris Pacheco
Deste terça-feira (8) está sendo realizado, em Brasília, a primeira oficina MEB/Pronera 2014, que se refere aos convênios assinados em dezembro de 2013 para alfabetização de Jovens, Adultos e Idosos em áreas de assentamentos.
Até esta sexta-feira (9), representantes de movimentos sociais do campo, Movimento de Educação de Base (MEB) e asseguradores regionais do Pronera se aprofundam nos conhecimentos sobre os projetos de alfabetização com princípios teórico-metodológicos da educação do campo e agroecologia.
Esta oficina servirá para subsidiar a formação de educadores (as) populares nos assentamentos que participarão do programa durante dois anos nos estados do Ceará, Alagoas, Piauí, Maranhão, São Paulo e Rio Grande do Norte.
Segundo Alexandre Conceição, da coordenação nacional do MST, “essa parceria dos movimentos sociais com o MEB e o Pronera é fundamental para o avanço da luta contra a injustiça no campo, uma vez que a educação é o pilar central para a transformação da sociedade.”
Ao lembrar Paulo Freire, Conceição destacou que a parceria permite transformar a realidade concreta, ao afirmar que é preciso ler o mundo, conhecer e transformá-lo.
Os participantes afirmaram que a alfabetização de Jovens, Adultos e Idosos do campo é necessária para a promoção da justiça social que tem sido negada para essa população historicamente marginalizada.
Nesse sentido, a coordenadora nacional do Pronera, Clarice Santos, colocou que o diálogo e a participação dos movimentos sociais nas políticas públicas faz com que essa parceria seja importante, pois demonstra que é fundamental a educação do campo. “Estamos dizendo que dá para fazer diferente e melhor.”
A história do MEB traz consigo uma grandiosa bagagem de luta e conhecimento. De acordo o secretário executivo da organização, padre Gabrielle Cipriani, “o Estado tem que saber que não se supera o analfabetismo dando esmola. Por isso nosso trabalho tem que ser bem feito e com profissionalismo, temos que mostrar como se faz uma ação sociais libertadora, e nessa parceria cada um trabalha com sua riqueza, mas sempre colaborando um com o outro.”