Místicas e homenagens marcam a celebração dos 30 anos do MST no MA
Por Reynaldo Costa
Da Página do MST
Sob muita mística e animação, o MST comemorou junto a amigos e lutadores de outros movimentos sociais seus 30 anos de existência, em São Luis no Maranhão. O Movimento homenageou e foi homenageado.
O ato aconteceu durante o Seminário Internacional Carajás 30 anos, no espaço Dom Tomás Balduíno, em meio a povos quilombolas e indígenas e outros trabalhadores presentes.
Por Reynaldo Costa
Da Página do MST
Sob muita mística e animação, o MST comemorou junto a amigos e lutadores de outros movimentos sociais seus 30 anos de existência, em São Luis no Maranhão. O Movimento homenageou e foi homenageado.
O ato aconteceu durante o Seminário Internacional Carajás 30 anos, no espaço Dom Tomás Balduíno, em meio a povos quilombolas e indígenas e outros trabalhadores presentes.
A solidariedade de amigos e apoiadores da Reforma Agrária foi lembrada na mística como uma das principais ferramentas da existência do Movimento: a solidariedade.
“Não teríamos chegado a três décadas de lutas sem a capacidade de solidariedade de milhares de amigos de diversas classes e categoria”, ressaltou Marina Santos, da coordenação nacional do MST, ao relembrar ainda a dimensão internacionalista do Movimento.
Nessa linha, Marina destacou a construção da Via Campesina e da Coordenação Latino Americana de Organizações do Campo (Cloc), instrumentos de luta pelo acesso democrático a terra em diversos países do mundo.
Mãos dadas
O auge da mística aconteceu no momento em que os presentes deram-se as mãos e construíram uma grande roda que se converteu num espiral, dando seqüência a uma mandala.
Em frente a ela, símbolos de resistência da agricultura familiar compuseram o cenário. Manoel da Conceição e Luis Vila Nova, militantes históricos da luta pela Reforma Agrária no Maranhão (e importantes para consolidação do MST no estado), foram homenageados.
Luis Vila Nova, criador do hino de resistência camponesa no Maranhão, ao dizer “O risco que corre o pau corre o machado”, lembrou que não se pode pensar em fazer a reforma agrária sem destruir o capitalismo.
Aos 76 anos, Dionisia Rodrigues, a Dona Dió, uma assentada que não perde uma atividade do MST, sempre demonstrando resistência e animando a luta, também foi homenageada.
Ao final, o grupo Mandingueiros do Amanhã, uma orquestra de berimbau composta por adolescentes e crianças, toucou o hino do Movimento de uma forma única.
As comemorações dos 30 anos do Movimento no Maranhão terminaram com um brinde de mingau de mesocarpo, uma massa extraída do coco babaçu. E ao som de sambas da Unidos da Lona Preta acompanhados da orquestra Mandingueiros do Amanhã.