Mais de mil pessoas participam de ato contra a Vale, no Maranhão

Por Reynaldo Costa
Da Página do MST

Na capital maranhense, em São Luis, mais de 1000 pessoas de diversas organizações do campo e a da cidade realizaram uma marcha contra a mineradora Vale, nesta quinta-feira (8). No estado, muitos assentamentos do MST sofrem impactos provocados pelos projetos da mineradora.

Por Reynaldo Costa
Da Página do MST

Na capital maranhense, em São Luis, mais de 1000 pessoas de diversas organizações do campo e a da cidade realizaram uma marcha contra a mineradora Vale, nesta quinta-feira (8). No estado, muitos assentamentos do MST sofrem impactos provocados pelos projetos da mineradora.

Chamada de “Marcha nos trilhos da resistência”, a caminhada teve início no centro de convenções da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), onde as comunidades já mostravam sua indignação frente ao descaso provocado pela empresa. Durante duas horas a marcha percorreu ruas e avenidas de São Luis.

Ao se aproximar do Palácio dos Leões, sede do governo estadual, os militantes arrebentaram a cerca de grade que a mais de um ano impedia qualquer manifestação de chegar perto do Palácio, se concentrando em frente à sede do governo e do poder judiciário no estado. 

Toda a marcha e o ato foi pacífico, mas as organizações relatam que policiais militares sem identificação provocavam os militantes a todo o momento, além de tomarem com o escrito “Não Vale financiar a destruição”. Depois de muita tensão a faixa foi devolvida.


O grito contra a Vale

“A Vale é a desgraça das comunidades”, dizia o cartaz de uma estudante de 16 anos do Instituto Federal do Maranhão (IFMA). Durante toda a marcha, palavras de ordem e cantos eram entoados contra a mineradora. 

Faixas com diversas frases foram espalhadas pelo Greenpeace pela cidade com dizeres: Não Vale desmatar, Não Vale Corromper, Não Vale Saquear, Não Vale poluir, Não Vale escravizar entre outras tantas.

Uma projeção com diversos slides foi exibida na parede de diversos prédios. Assim toda a capital maranhense foi atingida pela manifestação.

No ato em frente à sede do governo, lideranças de movimentos e de comunidades impactadas fizeram suas falas repudiando a conivência do governo do estado com as atrocidades da Vale.

Meios de comunicação

Durante toda a manifestação, apenas uma emissora de comunicação apareceu para cobrir os protestos. Mesmo assim, os manifestantes disseram que a repórter da TV Brasil, quando iria entrevistar alguém, solicitava para que não citasse o nome da empresa. 

A manifestação se encerrou com um grande ato show na Praça Nauro Machado, no centro histórico da capital. No ato, artistas locais cantaram a resistência do povo maranhão e também fizeram seu protesto contra a Vale.