Apicultores de Yucatán impedem plantações trangênicas da Monsanto
Da Actualidad
Um tribunal do estado de Yucatán, no México, revogou permissão outorgado à Monsanto, pela Secretaria de Agricultura, Pesca e Pecuária e a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais em junho de 2012, que permitia o plantio comercial de soja com o agrotóxico Roundup.
Da Actualidad
Um tribunal do estado de Yucatán, no México, revogou permissão outorgado à Monsanto, pela Secretaria de Agricultura, Pesca e Pecuária e a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais em junho de 2012, que permitia o plantio comercial de soja com o agrotóxico Roundup.
A permissão havia autorizado que a Monsanto que cultivasse soja geneticamente modificada em sete estados do país, apesar dos protestos de agricultores e apicultores, assim como de ativistas do Greenpeace e de várias organizações ecológicas.
As evidências científicas sobre as ameaças que representam os cultivos de soja transgênica para a produção de mel na península de Yucatán – inclusive nos estados de Campeche, Quintana Roo e Yucatán– convenceram o poder judiciário sobre a necessidade da retirada da permissão.
A sentença determinou que não é possível a coexistência da produção de mel e soja com o uso de organismos geneticamente modificados (OGM), segundo publicou o jornal ‘The Guardian’.
O México é o sexto maior produtor e o terceiro maior exportador mundial de mel. Cerca de 25.000 famílias de Yucatán, região que produz ao redor de 40% do mel do país, depende de sua produção.
Cultivos de soja, milho, canola, beterraba, algodão e alfafa têm sido modificados para ser resistente ao glifosato, o ingrediente ativo do agrotóxico Roundup.
Alguns especialistas sustentam que o glifosato representa um risco à saúde humana e animal, afirmação que Monsanto rechaça. Além dos riscos à saúde, este elemento causa danos ao meio ambiente, a água e às colônias de abelhas, que atualmente estão diminuindo com rapidez.
Com esta decisão Yucatán se somou a Campeche, onde em março se adotou uma resolução quase idêntica. As duas sentenças estabeleceram um precedente que ajudará a agricultores, ativistas e ambientalistas a realizar ações legais contra a implantação da soja e do milho geneticamente modificados.