Despejo na fazenda do senador Eunício de Oliveira é suspenso pela Justiça

 
 
Da Página do MST
 

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) suspendeu a liminar que autorizava a reintegração de posse da Agropecuária Santa Mônica, localizada entre os municípios de Alexânia, Corumbá e Abadiânia (GO).
 

Com esta decisão, as 2,5 mil famílias do acampamento Dom Tomás Balduíno ganharam o direito de permanecer na área, cuja propriedade está em nome do Senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).
 
 
 
Da Página do MST
 
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) suspendeu a liminar que autorizava a reintegração de posse da Agropecuária Santa Mônica, localizada entre os municípios de Alexânia, Corumbá e Abadiânia (GO).
 
Com esta decisão, as 2,5 mil famílias do acampamento Dom Tomás Balduíno ganharam o direito de permanecer na área, cuja propriedade está em nome do Senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).
 
“É uma importante vitória das famílias Sem Terra. A decisão final agora está sob a responsabilidade da 4º Câmara Cível do TJ-GO, que deve analisar o mérito do pedido de reintegração de posse”, explicou o advogado Natanael Santiago, que defende as famílias acampadas.
 
Ao todo, a Agropecuária Santa Mônica possui mais de 24.000 hectares de terra, (o equivalente a 20 mil campos de futebol). O despejo estava marcado para a próxima segunda (24/11), mas já nesta sexta-feira foram deslocados um efetivo de cerca de 2 mil policiais que cercaram todas as vias de acesso ao acampamento.
 
“A polícia estava apreendendo documentos das pessoas que quisessem trafegar pela área, uma medida abusiva que também foi suspensa com a decisão do Tribunal de Justiça”, completou Santiago.
 
De acordo com Luiz Zarref, integrante da direção estadual do MST- GO, a especulação fundiária promovida na região e os vínculos do Estado brasileiro com o agronegócio são fatores que prejudicam as famílias da região. “Eunício é o maior dono de terras na região. Terras improdutivas que só servem para enriquecê-lo cada vez mais. Essa é a maior ocupação de terras em Goiás dos últimos dez anos, e não vamos permitir que mais injustiças sejam feitas em prol do bem estar de latifundiários”, salientou.