Famílias Sem Terra se reúnem na Defensoria Publica do Estado do Pará

Na ocasião, foi discutida a ameaça de despejo do acampamento Chico Mendes, Benevides (PA)
90 famílias foram surpreendidas com uma ação arbitrária e injusta do tribunal de justiça do estado. Foto: MST/PA

Por Viviane Brigida
Da Página do MST

Na manhã desta terça-feira, 10, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o assessor jurídico e advogado Nildon Deleon, da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), estiveram na Defensoria Pública do Estado do Pará pra reunir sobre ameaça de despejo do acampamento Chico Mendes no município de Benevides.

90 famílias foram surpreendidas com uma ação arbitrária e injusta do tribunal de justiça do estado. Foto: MST/PA

Os trabalhadores foram reivindicar ao poder público que se manifeste e tome as devidas providências em favor das 90 famílias que foram surpreendidas com uma ação arbitrária e injusta do tribunal de justiça do estado.

O latifundiário, mais uma vez na tentativa de criminalizar os trabalhadores e trabalhadoras, recorre a uma decisão judicial que não levou em consideração todas as provas existentes referente à produção e moradia, que foram registradas e anexadas ao processo sobre a ocupação.

A Vara Agrária de Castanhal, proferiu sentença na ação de reintegração de posse, negando a pretensão da empresa, por entender que não cumpria sua função social. Mesmo assim o desembargador José Maria Teixeira proferiu uma decisão contra as famílias que há mais de 12 anos moram, trabalham e vem produzindo alimentos saudáveis.

90 famílias foram surpreendidas com uma ação arbitrária e injusta do tribunal de justiça do estado. Foto: MST/PA

O acampamento Chico Mendes produz mensalmente mais de 4 toneladas de frutos e leguminosas, beneficiando tanto os moradores da área como os habitantes da região metropolitana de Belém. Na ação realizada nesta terça foram distribuídas à população amostras da produção dos acampados. Os trabalhadores foram recebidos pelo Defensor Alcides Alexandre e Silva, que informou que irá recorrer dentro dos tramites legais do processo.

“Esta é mais uma ação que vem acontecendo de Norte a sul deste país, trabalhadores e trabalhadoras rurais sendo ameaçados com processos de reintegração de posse. Mas não iremos nos acomodar e nem ficar calados diante da criminalização e violência às famílias Sem Terra, lutaremos e resistiremos até o fim”, afirma a coordenação do Movimento.

*Editado por Fernanda Alcântara