Em Encontro Estadual de São Paulo, MST reafirma compromisso com lutas
Por Coletivo Estadual de Comunicação MST/SP
Para Página do MST
Foto de capa: João Pompeo
A militância do MST em São Paulo realizou o 30º Encontro Estadual, entre os dias 15 e 18 de janeiro, com a participação de cerca de 200 militantes de todas as regiões do estado.
No encontro, o MST reforçou o seu papel fundamental na solidariedade à classe trabalhadora do campo e cidade, diante da ofensiva do neoliberalismo e na luta pela garantia da democracia, “na construção da contra-hegemonia nos territórios, do bem viver e da Reforma Agrária Popular”, contra o integrante da direção nacional do MST, Zelitro Luz.
O objetivo da atividade foi aprofundar o estudo da conjuntura política nacional e internacional, e planejar as lutas para o enfrentamento do agro-hidro-minerio-negócio, em São Paulo. Os participantes também refletiram sobre a produção e construção de condições para transição agroecológica, promoção de feiras da Reforma Agrária, estímulo à arte, cultura, comunicação popular e o aprofundamento de estudos sobre espiritualidade e religiosidade.
Todos os dias foram organizadas místicas, debates em plenária, grupos de estudo e atividades culturais para planejar a atuação do trabalhadores Sem Terra nesse momento de crise econômica, política, social e ambiental no país.
Segundo Luz, é papel do movimento intensificar o trabalho de base na luta pela terra, para elevar a consciência política da classe trabalhadora a partir de ações concretas contra o capital. Ele destacou, ainda, que o golpe de 2016 não foi capaz de derrotar o MST, mas trouxe novos desafios para a organização.
Nesse contexto de perdas de direitos e aumento da violência, no campo e nas cidades, o MST de São Paulo se comprometeu em intensificar o trabalho de base, aprofundar a articulação política com os diversos setores da classe trabalhadora e a formação política para o combate contra todas as formas de violência às crianças, mulheres, idosos, LGBTs, população negra, indígena e quilombola.
Os militantes também assumiram a tarefa de plantar 100 milhões de mudas de árvores, nos próximos dez anos, como parte da Campanha Nacional “Plantar árvores, produzir alimentos saudáveis”. O encerramento da atividade, contou com o plantio de mudas nativas, como forma de estimular os militantes Sem Terra a iniciar o plantio de árvores nos acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária.
*Editado por Solange Engelmann
